domingo, 10 de junho de 2018

01 a 03 de junho: o acampamento no Killarney Provincial Park





Como eu antecipei no último post, Iuri, Sofia e eu fomos, junto com o Micha Pazner, acampar neste fim de semana.

Iuri trabalhou, enlouquecidamente no seu artigo, até quinta-feira à noite, enquanto, simultaneamente, eu arrumava as coisas para o acampamento e ele me ajudava no que podia.

A Sofia tinha ido com o Micha, ajudar a empacotar e acomodar os utensílios na camionete dele: barracas, sacos de dormir, mantimentos, utensílios de cozinha, canoas, remos, etc.

Sexta-feira, dia 01 de junho, às 8h15min, o Micha chegou no nosso prédio para nos apanhar. Acomodamos nossas mochilas e saímos. 



A primeira parada foi numa fábrica de gelo e a segunda foi na casa do Micha porque tínhamos que pegar as comidas que deveriam ser conservadas na caixa com esse gelo.
Saímos de London, em torno de 10 horas da manhã. A viagem seria longa até o parque estadual de Killarney. 2 horas até Toronto e mais 3 até o parque. 

Paramos para um lanche no caminho e depois, para fazer as compras de supermercado, de itens como frutas, pães, ovos, batatas...

Chegamos ao parque em torno de 19 horas, mas, como é primavera, só iria anoitecer lá pelas 20h30min. Rapidamente, descarregamos e montamos as barracas: uma para Iuri, Sofia e eu e outra para o Micha.



Fizemos um pequeno reconhecimento do local, indo até às margens do lago para vislumbrar aquele lugar maravilhoso. Estava friozinho, mas nada que se compare aos tempos de neve. 



A parte mais difícil foi enfrentar os mosquitos e mosquinhas pretas que são extremamente agressivos, especialmente, à tardinha. Felizmente, tinha um ventinho soprando, o que afastava as nuvens de insetos por alguns momentos. Também tínhamos levado repelente e fizemos uso dele.

O Micha preparou uma fogueirinha numa espécie de churrasqueira que tem no parque. A fumaça também ajudava a espantar os insetos agressores.


Começamos a preparar a janta. Eu coloquei a nossa toalha de mesa xadrez – comprada no Dollarama, no início da nossa jornada em London. 

O Micha tem todo o tipo de equipamento necessário e é o coordenador dos nossos pique-niques e, obviamente, do acampamento.

Professor de geografia no programa de mestrado e doutorado da Western University, ele já conduziu incontáveis saídas de campo com seus alunos.
Nesse jantar, tivemos arroz que eu tinha levado congelado e o esquentamos e alguns pratos indianos (daqueles que se compra em pacotinhos e esquenta). Tudo simples, mas gostoso. Um pouco “quente”, como diria meu sobrinho, Bernardo, quando acha que a comida está apimentada – risos.

Ainda tivemos a visita de um raccon – bichinho típico daqui, que, em geral, é bem agressivo quando se sente ameaçado. O pessoal que estava acampado perto de nós avisou-nos que o raccon estava embaixo da camionete e, realmente, lá estava ele, em busca de comida.

Eu preparei a câmera do celular para tirar uma foto e parece que ele quis se mostrar: posou para a foto.




A Sofia achou o bichinho lindo demais e começou a atirar umas cenouras que estavam largadas (pelos ocupantes anteriores do nosso sítio). E ele comeu com muito prazer. Depois, foi embora.


Depois do jantar, o nosso sítio – espaço onde montamos o acampamento – já estava completamente escuro e o vento estava frio. Decidimos escovar os dentes e ir para nossas caminhas: colchonetes inflados com ar de nossos próprios pulmões e sacos de dormir bem quentinhos. 




Foi uma noite muito tranquila e os ursos não apareceram. Fomos bem alertados para a possibilidade deles aparecerem em busca de comida e sabíamos que não podíamos armazenar qualquer alimento dentro das barracas. Tudo ficou na camionete do Micha.
Dia 02 de junho – em torno de 8 horas, nós levantamos e tomamos o nosso café da manhã.

O Micha, a Sofia e o Iuri começaram a preparar uma das canoas para dar um passeio no lago. Eu decidi não ir com eles porque estava ventando muito e eu sou meio desastrada – hehe. Vai que a canoa vira por minha causa!!!
Enquanto eles preparavam a canoa e os itens que levariam junto, eu fui tomar um gostoso banho no prédio onde há vários “quartos de banho”, além de instalações sanitárias bem limpinhas.
Lá pelas 11 horas da manhã, eles saíram para o passeio de barco.



Eu comi um sanduíche e bebi uma garrafinha de cerveja Molson Canadian. Escovei os dentes e decidi me deitar um pouco na barraca. Quando comecei a me acomodar no meu colchonete, a Sofia me chamou dizendo que eles já tinham voltado e que eu deveria descer até o lago para um pequeno passeio de canoa. E eu fui, com medo, mas fui.



Quando voltamos do breve passeio, a Sofia resolveu se atirar na água do lago. E lá se foi ela, feliz!

Em seguida, ela foi para o chuveiro e depois, também o Iuri foi tomar seu banho quentinho. 
Esse prédio onde estão os sanitários e chuveiros fica a uns 500 metros do local onde nossas barracas estavam localizadas. 
No meio do caminho, há outros sanitários – semelhantes às antigas “casinhas” – sem descarga de água, sem sabonetes, meio nojentinhos – risos.
Tiramos um cochilo e levantamos para um cafezinho. Lá pelas 18 horas, o Micha começou os preparativos para um churrasquinho de carne de porco. Ele preparou batatas e milhos cozidos e o Iuri fez espetinhos de pimentões. 




Nossa! Que janta maravilhosa! 

Nesta noite, recebemos a visita de um chipmunk - parece um esquilo mas é bem menor e tem listinhas nas costas.  


Depois de limparmos a “cozinha” e guardarmos os restos de comida e também o lixo dentro da camionete, ficamos conversando por um longo tempo, ao redor da mesa. Acho que eram umas 21h30min, quando tudo estava muito escuro e decidimos dar a última caminhada até os banheiros limpinhos, antes de irmos dormir.
Essa noite foi mais conturbada: um grupo de jovens estava fazendo altas festas com muita cerveja e gritaria. E assim foi a noite inteira. Eu ouvindo a galera gritar e pensando que poderia aparecer um urso. Não dormi muito bem, mas não posso dizer que não me diverti, também. 

De manhã, quando tudo já estava calmo e eu pensei que poderia dormir, os vizinhos do nosso lado decidiram discutir bem alto. Estavam bem alterados uns com os outros. Desmontaram a barraca e foram embora. Já eram 8 horas da manhã, quando resolvemos levantar para o café da manhã.
 
Em seguida, o tempo começou a escurecer e decidimos levantar acampamento mais cedo. Em princípio, iríamos sair às 13 horas, mas antecipamos.
A viagem de volta
Deixamos o acampamento, aproximadamente às 11 horas e decidimos parar para o almoço, num desses Tim Hortons, à beira da estrada. Tínhamos restos de pão, salame, maionese, tomates e peito de peru e decidimos sentar numa mesinha na frente do Timmy’s, onde fizemos sanduíches. Claro, compramos café no Tim Hortons e conseguimos acabar com quase toda a comida que tínhamos levado.
Lembrei de episódio da minha infância, quando fui fazer um piquenique de um dia, com minha turma do colégio Santa Teresinha, em Taquara. No dia seguinte, tive que escrever uma redação sobre o piquenique e num dos parágrafos eu escrevi algo assim: “O piquenique foi bom, mas eu quase não consegui brincar porque tinha levado muita comida.” Ou seja, eu achava que tinha que comer tudo que a minha mãe mandara – risos. 
Seguimos até um museu às margens do France River e o Micha nos convenceu a atravessar uma ponte interditada. A placa dizia: “No trespass”, mas ele disse que era uma regra para snowmobiles (aqueles pequenos carrinhos de andar na neve). Eu não me convenci disso, mas acabei aderindo à travessia. Valeu a pena!






O Iuri fotografou o prédio onde fica o museu e visitamos a lojinha que fica no mesmo prédio.


A Sofia e eu aproveitamos para abraçar uns ursinhos de pelúcia - já que, graças a Deus, não tivemos que enfrentar os de verdade!





Aproveitamos para comprar um chipmunk de pelúcia para nosso amigo Micha, que, além de se parecer com um, também faz uma bela imitação desse bichinho.

Chegamos em casa em torno de 21 horas. Tomamos um bom banho e fomos dormir. Cansados e felizes!

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