segunda-feira, 23 de abril de 2012

POMS 2012 Chicago

Cheguei em Chicago na quinta-feira de manhã bem cedo. Eu e o Vitor, meu orientando no mestrado, pegamos um voo direto São Paulo - Chicago, de 10h de duração, que chega aqui 5h da manhã (hora local). Aliás, a hora local, nesta época do ano, é 2h a menos que o Brasil. Pegamos o trem do aeroporto até o hotel, junto com um doutorando brasileiro. Achei bom ter vindo de trem, porque o trem não é subterrâneo em todo o trecho, e pude olhar as casas dos subúrbios de Chicago. Como estamos a poucas horas do Canadá, as casas são MUITO parecidas. Pena não ter tirado nenhuma foto. Se o tempo ajudar hoje, quando eu voltar, tiro umas fotos e posto aqui no blog ou no Facebook. Chicago é uma cidade muito antiga, bonita e cheia de atrações culturais. No primeiro dia, estava tendo show do Buddy Guy, do Paco de Lucia e outros. Meus colegas foram borboletear por aí. Eu fiquei pelo hotel. Realmente não acho muita graça passear sem a Nara. Eu venho a este congresso científico desde 2006. Na verdade, o meu primeiro artigo internacional foi no POMS de 2002, mas quem veio apresentar foi meu colega de mestrado, o Chico, o primeiro autor. Eventualmente, acabou virando capítulo de livro. Mas mandar artigo científico de minha (primeira) autoria e vir apresentar, só em 2006. Enquanto escrevia, pensava onde estaria o post daquele evento, mas lembrei que não tínhamos blog naquele tempo. Criamos este blog no dia do nosso casamento, para contar nossa viagem para o Canadá. Gosto muito do POMS. POMS quer dizer Production and Operations Management Society, ou Sociedade para a Gestão da Produção e das Operações. É uma associação científica, como em várias outras áreas do conhecimento. A associação (POMS) tem um congresso científico anual (POMS). Lá em 2002, e mesmo em 2006, eu entendia apenas a parte do congresso científico, mas agora começo a entender melhor como funciona fazer parte de uma associação de cientistas. Estas sociedades existem há muitos e muitos anos. Vários cientistas famosos (e anônimos) fizeram parte de sociedades. Eu faço parte da grossa massa de cientistas anônimos... Como acontece em todos os congressos em que venho, existe uma grande delegação da FGV/EAESP, na qual tenho grandes amigos, e outros brasileiros de outras universidades, em geral um ou dois de cada programa. Da UNISINOS, eu era o único professor do curso de Administração, e o Vitor o único aluno. Vi outros dois professores da Engenharia de Produção da UNISINOS e outro que era da UNISINOS e agora trabalha na UFRGS. E acabou o Rio Grande do Sul por aí. O resto era de outros estados do Brasil. E tome piada para cima de nós... Como talvez as pessoas saibam, nós gaúchos temos no Brasil uma fama não muito boa. Em São Paulo, contam as nossas piadas de pelotense trocando "pelotense" por "gaúcho". Descobri que no Mato Grosso do Sul, temos outra fama. Exemplos de piadas deles: Sabe o que é uma frente fria? Um monte de gaúchos vindo com cheques do Bamerindus! Outra: o gaúcho coloca seu cartão e digita a senha no auto-atendimento do Banco do Brasil. Aparece a mensagem "processando..." O gaúcho se assusta, tira o cartão e sai correndo. Dá para sentir nossa fama lá... Engraçado é que minha primeira conta em banco, para receber o meu primeiro salário, foi no falecido banco Bamerindus. Fiz minha apresentação em 2006 e depois, duas pessoas vieram conversar comigo. Falaram sobre meu artigo e um deles disse "Você nos citou no seu trabalho, eu sou o Sarkis e meu amigo aqui é o Talluri". Fiquei meio que de perna bamba. Ainda bem que eles não tinham dito antes... Corta para 2012. Entro na primeira sessão de apresentação de artigos, na sexta de manhã, e o Matteo Kalchschmidt, da universidade Politécnica de Milano, começa a apresentar seu artigo. Lá pelas tantas, aparece no artigo dele: "Gavronski et al. (2011)". Caramba, não é que agora eu virei o referencial teórico na plateia! A brasileirada à minha volta só me olhou! E nem tenho mais cheque do Bamerindus! Buenas, então agora vou fechar minhas malas, pagar minha conta do hotel com o cartão de crédito (não aceitam cheque de gaúcho aqui em Chicago, que nem no Mato Grosso do Sul!) e dar um tempo (ou fazer um passeio) até a hora do meu voo, que sai daqui 9 da noite.