sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Começa o ano letivo na UWO

Na América do Norte o ano letivo começa em setembro - um pouquinho antes do outono - e termina em abril - na primavera. Logo no início a gente estranha, mas depois se dá conta de que isso faz sentido: no Brasil as aulas também começam um pouquinho antes do outono e terminam na primavera, quase no verão.

Os alunos que tinham ido embora em abril, deixando para trás seus móveis, computadores e outros artigos pelas calçadas de London, agora estão voltando para iniciarem um novo período de estudos.

Ontem o Iuri e eu participamos de um seminário na Universidade de Western Ontário destinado aos professores nesse início de ano letivo.








Trote:


Logo ao chegarmos na Western (forma carinhosa como é chamada a universidade), encontramos os novos alunos distribuídos em tribos e fazendo a festa do início do ano letivo.

A gente pensa: aluno é igual em todo o mundo. Dá uma emoção de ver tanta euforia, tanta energia e a gente começa bem o dia, absorvendo um pouco daquela força.


O seminário:


Destinado aos professores da universidade, o seminário: "Perspectivas em Ensino", começou às 9 horas da manhã com as Boas Vindas do presidente da Universidade, dr. Paul Davenport. Aqui o Reitor ou Diretor Geral tem a denominação de Presidente. [Comentário do Iuri: às vezes CEO - qualquer semelhança com as empresas é mera coincidência...]


O Iuri recebeu o convite como pesquisador visitante e eu consegui autorização da coordenadora do evento para participar. Queria saber como eles trabalham aqui na Western.

Fiquei bem satisfeita com as palestras e painéis e gostei muito também de perceber que muitas coisas que eles apresentam como inovadoras, de certa forma, ou em certa medida, nós já fazemos no Brasil.

Por exemplo:

a) Proporcionar experiências práticas aos alunos, através de prestação de serviços voluntários nas organizações. A principal diferença, no caso da Universidade de Calgary (a palestrante era de lá), é que algumas turmas realizam esses trabalhos voluntários em países pobres. No nosso caso, essas experiências acontecem na própria cidade sede da universidade ou em municípios próximos a ela.

b) Aproveitar a disciplina para fazer pesquisa com a finalidade de ampliar conhecimentos existentes - ensinar e aprender - e publicar em periódicos reconhecidos nas áreas de conhecimento específicas. Muitos de nossos professores já despertaram para essas oportunidades.

c) Internacionalizar os currículos, ou seja, buscar experiências em outros países e agregá-las aos conteúdos curriculares do país corrente. Em geral, nossos currículos contém bastante experiências internacionais, e nossos alunos participam de intercâmbios com outros países. [comentário do Iuri: Muito embora eu considere que ainda somos "colonizados" culturalmente: usamos exemplos primariamente dos Estados Unidos - nunca soube de nenhum professor brasileiro que se utilizasse de um caso de sucesso do Uruguai ou da Argentina - quem dirá da Nigéria ou África do Sul]

Uma coisa que me chamou a atenção, por exemplo, foi o anúncio feito com muita alegria por um dos palestrantes, de que a Universidade de Western Ontario estaria implementando um sistema de "bolsa / pesquisa" para fomentar projetos que sejam apresentados e aprovados segundo certos critérios. Acho uma ótima iniciativa, assim como achei ótima a iniciativa da FACCAT - Faculdades de Taquara, ao implantar sistema semelhante no ano passado.

Fiz questão de compartilhar esses insights porque ouvimos tantas coisas negativas a respeito do Brasil - verdadeiras, é claro - que é bom nos darmos conta que também temos nossos valores. Há problemas, sim, e muitos. Mas também há iniciativas de pessoas de boa vontade que buscam alternativas para tornar mais positivo o nosso país.

[comentário do Iuri: concordo plenamente com a Nara, apesar de ter minhas críticas quanto à nossa "internacionalização" - acho que o Brasil é "apaixonado" pelas práticas de negócios norte-americanas e despreza profundamente o que acontece de bom no próprio país e nos países vizinhos. Acho também que esse desconhecimento se dá em outras áreas - basta ver os noticiários da noite no Brasil - apenas notícias brasileiras. Na seção "mundo", muitas notícias dos Estados Unidos, alguma coisa da Europa e absolutamente nada sobre a América Latina. Lembro que fiquei sabendo de uma guerrilha em um país vizinho pela BBC Internacional, pois nossos noticiários não haviam divulgado tal fato]

Algumas fotos e vídeos do trote universitário e do evento podem ser encontrados em:

http://picasaweb.google.com/Nara.Maria.Muller/ComeODeAnoNaUWO

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Vegetarian Chicken Pizza

Hoje nós fomos jantar na casa de Zenon e Mary-Anne. Os amigos Keith e Marylan vieram de Manitoba para passar alguns dias em Ontário.

Keith (foto à direita), cujos dotes culinários já eram nossos conhecidos, uma vez que já havíamos provado sua deliciosa vegetarian chicken pizza, decidiu repetir a dose e fomos convidados.

O Iuri, que gosta de cozinhar para os amigos, logo se prontificou a ajudar Keith, num autêntico "homens na cozinha".

Enquanto os dois cozinheiros preparavam os recheios das pizzas, eu fiz um vídeo / documentário para esclarecer uma dúvida que me abatia profundamente: "como uma pizza pode ser vegetariana e de galinha ao mesmo tempo?"




Bem, depois de fazer o vídeo / documentário, eu consegui entender que vegetarian chicken pizza significa: pizza de galinha vegetariana.
Sim, porque, segundo nosso especialista Keith, galinhas são vegetarianas - todo mundo sabe que elas não comem carne - risos.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Sob a proteção de Nossa Senhora

No dia em que eu viajei para o Canadá meus pais me deram um santinho de Nossa Senhora com a novena da medalha milagrosa, acompanhado da própria medalha.
Disseram para eu rezar seguindo a novena e que Ela, a mãe de Jesus, certamente me protegeria.
E realmente eu tenho rezado bastante por mim e pelo Iuri e por nossos familiares e amigos e minhas orações têm sido atendidas.
Quando chegamos em Montreal tive uma surpresa: No quarto em que dormimos, na casa da mãe da Mary-Anne, havia um quadro com as imagens alternadas de aparições de Nossa Senhora.
Fiquei emocionada.
Hoje o Iuri e eu saímos para uma caminhada à tardinha, depois de um dia cheio de trabalho.
Há duas quadras de nossa nova casa encontramos uma igreja católica: Igreja de São José. É uma igrejinha bem simples, que nada se parece com a Catedral de São Pedro, do centro da cidade.
Ao lado da igreja, a imagem de Nossa Senhora: a mesma da medalha, esmagando a serpente que simboliza o mal e desprendendo raios luminosos de suas mãos, simbolizando as bênçãos que lança sobre todos os Seus filhos.
Engraçado é que eu também tenho uma estatueta da mesma imagem no meu quarto lá de casa, em Taquara.
Agradeço à Nossa Senhora por sua constante intervenção em minha vida e peço que continue me abençoando e abençoando aqueles a quem amo.

Algumas fotos dessas imagens estão no álbum:

http://picasaweb.google.com/Nara.Maria.Muller/NossaSenhora

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Nossa segunda mudança

Na postagem de abril: http://iurienara.blogspot.com/2007/04/nossa-primeira-mudana.html

eu contei a história da nossa primeira mudança aqui em London.

Pois agora vou contar um pouquinho sobre nossa segunda e tumultuada mudança - de volta para a Kensington Ave.

Deveríamos ter nos mudado para cá em junho, mas como o Zenon estava trabalhando praticamente sozinho na reforma do apartamento e ainda tinha outras tarefas para concluir, a mudança ganhou um novo prazo: 31 de julho. No dia 1 de agosto, o novo inquilino da "torre" da Richmond com Cheapside, deveria se mudar para lá.

Transferimos nossas coisas no dia 31 de julho mas como iríamos viajar para Montreal no dia seguinte, não tivemos tempo de colocá-las em ordem.

Voltamos de Montreal no dia 7 de agosto e no dia 8 tínhamos compromissos: eu com o Programa de Verão e o Iuri com seu orientador canadense. E nesse ritmo, passaram-se quase duas semanas... ufa!

Então, somente no último fim de semana é que conseguimos colocar as coisas nos seus lugares.

Ficou tão bonitinho...

as fotos da bagunça e da organização estão em:

http://picasaweb.google.com/Nara.Maria.Muller/ApartamentoDaKensingtonAve

Terminou o Programa de verão

O programa de verão do Big Sisters of London terminou sexta-feira passada, dia 17 de agosto.


Devido a nossa viagem a Montreal, eu fiquei fora do programa durante uma semana. Como voltamos numa terça-feira à tardinha, eu ainda pude participar de três dias da penúltima semana denominada de "Multicultural".



A semana Multicultural:


Na quarta-feira, 8 de agosto, foi o dia de falar sobre o Brasil, então, foi tudo comigo.
Dei uma breve aula de "geografia e história" - afinal de contas, tinha que falar das Américas, do Descobrimento, das localizações do Canadá e do Brasil e explicar porque nosso país é o único do continente onde se fala português.
Mostrei os mapas das américas e elas puderam ver o quanto o Brasil é longe do Canadá.

Ensinei os números até 10 e algumas cores em português e as meninas fizeram perguntas bem interessantes. Foi divertido ver como elas pronunciavam as palavras com "sotaque" - hehehe.

As meninas pintaram bandeirinhas do Brasil para depois colocar no mural junto com as bandeiras e símbolos canadenses, pintados na segunda-feira.

Nesse dia, para sobremesa, preparei gelatinas verde, amarela e azul e servi com cobertura de chantilly (branco).



Quinta-feira foi o dia do México e do Japão e uma funcionária do Big Sisters, que morou durante 6 anos nesse país asiático, ensinou as meninas a comer sushi com os tais pauzinhos - chopsticks.

Sexta-feira foi o dia de aprender sobre a Itália . Pintamos bandeirinhas daquele país e então fomos, todas juntas, ao Festival Italiano que estava sendo realizado no mercado público de London.







A última semana:



De 13 a 17 de agosto foi a última
semana do Programa de Verão 2007 e tivemos 8 garotas participando.
Fizemos vários passeios, lanches em restaurantes e cafeterias, visitamos o laboratório de enfermagem da Universidade de Western Ontário e jogamos mini-golfe :)

O Programa de Verão 2007 certamente proporcionou momentos de aprendizagem e diversão para muitas garotas de 6 a 15 anos.

Mas também me deu oportunidade de conhecer mais sobre a cultura canadense, conhecer lugares interessantes e praticar um esporte - que para nós, brasileiros, é um luxo - mas aqui no Canadá é bem popular: o golfe.

Agradeço à Cathy, diretora do Big Sisters of London, pela confiança e oportunidade, à Lola, por tantos ensinamentos, às garotas, pela colaboração, à Mary-Anne e à Barbara, pela disponibilização do laboratório de enfermagem, ao Iuri por ter me trazido para cá e à Deus, por ter colocado todas essas pessoas no meu caminho aqui em London.

Mais fotos e vídeos podem ser visualizados em: http://picasaweb.google.com/Nara.Maria.Muller/LtimasSemanasDoSummerCamp





sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Montreal IV - Catedral de São José

Bom, prometo que esse é o último post sobre Montreal. Sim... gostamos do lugar.

Acho que a Nara talvez tenha que atualizar meu post, acho que não consigo escrever mais a respeito... veja o álbum, clicando na figura abaixo:

2007 08 04 Montreal - Saint Joseph Cathedral

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Montreal III - Biodome/Olympic Stadium

Por indicação do Stephan Vachon, da HEC Montreal, fomos conhecer o Biodome e o Olympic Stadium de Montreal, construídos para as Olimpíadas de 1976. Os dois prédios ficam no mesmo "terreno", portanto fomos visitá-los no mesmo dia (5 de agosto). Entretanto, como são coisas bastante distintas, vou comentar cada um individualmente. Fizemos também um álbum de fotos separado para cada um.

Biodome

O Biodome é um zoológico em local fechado, climatizado. Ele tem quatro ambientes. Um é uma floresta tropical (Rainforest). A maior parte dos animais é de origem amazônica. O outro ambiente é a floresta temperada (Laurentian Forest). "Tudo conhecido", quer dizer, animais do Canadá. O terceiro ambiente é o mundo aquático (Saint Lawrence Marine Eco-system). Consegue-se ver os peixes e patos, primeiro por baixo d'água e depois por cima. O último ambiente é o polar, dividido em Ártico e Antártica. Enfim, acho que as imagens valem mais do que mil palavras: melhor olhar o álbum, clicando na figura abaixo. Originalmente, ele foi concebido para as competições de bicicleta das Olimpíadas.





2007 08 05a Montreal - Biodome



Olympic Stadium

O Estádio Olímpico de Montreal foi conhecido, na época, como o "Big O"... "O" de olímpico. Mas custou tão caro que passou a ser conhecido como o "Big Owe" - a grande dívida! Disseram que foi ano passado que terminaram de pagar o estádio! De qualquer maneira, não visitamos o estádio propriamente dito - estava fechado - mas a torre de observação. Uma visão maravilhosa de Montreal! Novamente, acho que as imagens valem mais do que as palavras: confira nosso álbum, clicando na viagem abaixo.





2007 08 05b Montreal - Olympic Stadium

Valeram as dicas do prof. Stephan!

domingo, 12 de agosto de 2007

Montreal II

O Iuri já fez um post falando de nossa viagem a Montreal, agora eu vou contar alguns detalhes, aventuras e fatos cômicos dessa viagem.

A maior parte das fotos que retratam o que eu vou relatar já está no álbum disponibilizado no post do Iuri.

Conhecemos o Cassino de Montreal, que é lindíssimo, conforme pode-se ver nessa foto aí à esquerda. O cassino fica aberto 24 horas por dia e tem 7 andares com toda a diversidade de jogos comuns aos famosos cassinos de Las Vegas nos Estados Unidos.


Assistimos a alguns shows ao ar livre no centro de Montreal, num evento denominado Francopholies, patrocinado pela Ford Motor Company. O festival lembra bastante aqueles eventos públicos que costumam acontecer no litoral gaúcho, durante o verão: tendas de artesanato e comidas, cerveja e palcos com shows.

A diferença entre o Francopholies e aqueles shows que costumamos ter no Brasil, é que este tem vários palcos distribuídos por duas ou três quadras do centro da cidade.

O Iuri tinha marcado uma reunião com o professor Stephan Vachon que trabalha na HEC - Faculdade de Administração da Universidade de Montreal. Ele é co-autor de vários artigos científicos publicados com o prof. Robert Klassen - que tem orientado a pesquisa do Iuri, aqui no Canadá. Eu fui com o Iuri, pois também tinha vontade de conhecer a Universidade de Montreal.
O prof. Vachon fez várias contribuições importantes à pesquisa do Iuri e depois nos mostrou a universidade.

Gostamos muito da universidade e me chamou a atenção a cafeteria com imensas paredes de vidro, através das quais, se pode ver a paisagem enquanto se estuda ou faz um lanche. Tem até umas árvores plantadas no interior da cafeteria, o que torna o ambiente ainda mais acolhedor.
Mais tarde o prof. Vachon nos levou ao "Chalet de la Montaigne" no Mount Royal, de onde se tem uma vista privilegiada da cidade de Montreal.

Mais uma das grandes diferenças entre as cidades de Montreal/Quebec e London/Ontário são as montanhas existentes, o que lembra bastante o Rio de Janeiro e algumas paisagens gaúchas. London é uma cidade totalmente plana.


Brasileiros no Canadá:


Um fato interessante aconteceu quando estávamos no metrô a caminho da Universidade de Montreal. Houve um problema no caminho e o nosso trem ficou parado uns 20 minutos. Um casal sentou ao nosso lado e o rapaz estava vestindo uma camiseta da seleção brasileira. Perguntamos de onde eram e descobrimos que eles - Guilherme e Ana - são brasileiros do Rio de Janeiro, que tinham chegado a Montreal há duas semanas. Guilherme veio fazer um MBA na Universidade de Montreal e o casal pretende imigrar definitivamente para o Canadá.

Dois dias depois, quando voltávamos de nosso passeio ao "Biodome de Montreal", assunto para outro post, re-encontramos Guilherme e Ana no centro de Montreal e descobrimos que o apartamnto deles ficava na frente do nosso hotel. Saímos para um lanche numa cafeteria perto de onde estávamos hospedados.

Foi muito bom podermos conversar com eles de novo. Desejamos muito sucesso e felicidades ao casal.


O susto:


Sábado à noite, dia 4 de agosto, aproximadamente 10h30, o Iuri e eu estávamos dormindo no quarto do hotel quando começamos a ouvir um barulho de alarme. Levantamos assustados e percebemos que se tratava do alarme de incêndio.

O Iuri correu para o telefone para saber o que estava acontecendo, mas o telefone estava mudo.
Ouvimos as sirenes dos caminhões de bombeiros...
Eu disse para o Iuri: "vamos embora daqui, acho que o hotel está pegando fogo". O Iuri olhou pela janela e confirmou: lá embaixo havia uma multidão olhando para o hotel.

Trocamos de roupa, pegamos nossos documentos e casacos, um par de tênis e meias e descemos 10 andares, pelas escadas.

Nem preciso dizer que eu estava em pânico lembrando do filme: "Inferno na torre"... Mas corri o quanto pude e só respirei de novo, quando estávamos na rua - risos.

Na frente do hotel estavam três caminhões de bombeiros e os profissionais já haviam descoberto que se tratara de um "alarme falso".

Havia uma festa de casamento no restaurante do hotel e os noivos vieram tirar fotos com os bombeiros. E o que poderia ter sido uma tragédia, transformou-se em festa, graças a Deus.

Nos contaram, na recepção do hotel, que a mesma coisa tinha ocorrido na noite anterior... Então, durante as duas noites seguintes em que permanecemos no hotel, eu ficava sempre alerta, esperando para descer as escadas correndo. Detalhe: a frasqueira estava pronta com todos os materiais importantes para serem salvos, em caso de soar o alarme - não esperaria para saber se era verdadeiro ou falso.


A missa de domingo:


Domingo de manhã fomos à missa na igreja de Santa Salete, bem pertinho do nosso hotel: missa em francês.

A igreja é bem bonita, embora bem mais simples do que a Catedral que costumamos freqüentar em London. Todo o seu interior é redondo e os bancos ficam ao redor do altar.

Bem na nossa frente, mais precisamente na frente do Iuri, estava uma senhora idosa e um tanto acima do seu peso.
Sempre que os fiéis sentavam, ela acabava pegando no sono e a gente não sabia se devia ampará-la quando ela balançava para o lado, ou não. Felizmente ela conseguia manter o equilíbrio, mesmo dormindo - e roncando - risos.

Quem conhece o ritual das missas, sabe que tem vários "senta - levanta - ajoelha", e geralmente a gente fica torcendo que chegue o momento de sentar.

No nosso caso, durante a missa francesa, em Montreal, essa ânsia pelo momento de sentar era mais intensa, pois quando não estava sentada e dormindo, aquela senhora não conseguia controlar seus "flatos" e a gente tinha que aguentar aquele cheiro característico e desagradável.
Mas depois que a missa terminou, a gente riu bastante do acontecido.



Cinema em 3D:



Pela primeira vez em nossas vidas o Iuri e eu fomos assistir a um filme em 3D, no IMAX de Montreal. O filme: Harry Potter and the Order of the Phoenix.
Para obter o efeito em 3D é preciso usar uns óculos especiais que fazem milagre!
Puxa vida! Quando começou a batalha em 3D, quase no final do filme, ficamos impressionados!
Parecia que podíamos tocar nas pessoas e nos grandes animais alados.
Mas o engraçado da história é que nós dois só ficamos sabendo que os óculos deveriam ser usados apenas em algumas poucas cenas no fim do filme, quando apareceram imagens dos óculos no canto da tela do cinema.
É isso mesmo: nós dois usamos os óculos do começo ao fim do filme... E olha que eu tive que tirar os meus algumas vezes, pois estavam pesando muito sobre o meu nariz - hehehe!
E cada vez que eu tirava esses óculos, pensava: "parece que não faz diferença nenhuma..." Mas voltava a colocá-los, afinal, o Iuri estava usando os dele e, certamente eu é que não estava conseguindo captar bem a sua finalidade. Cheguei a pensar que se eu não usasse os tais óculos, poderiam sair certos raios perigosos da tela que afetariam meus olhos - que tontinha!!! (risos).
Quase tivemos um ataque de riso depois do filme, quando, meio encabulados, decidimos falar sobre o assunto.

Último dia em Montreal:

Segunda-feira fomos conhecer a Montreal antiga e visitamos a Igreja de Notre-Dame (palco de vários casamentos de famosos, como o da cantora Celine Dion.
Conhecemos o museu de ciências com exposição de inventos relevantes e alguns apenas curiosos e engraçados, como uma certa "geringonça" construída com todo tipo de velharias. A gente pressionava um botão e todas aquelas coisas começavam a se movimentar, coisa de cientistas malucos...
Fomos ao mercado público de Montreal que é muito bonito, tem bastante obras de arte e roupas diferentes lá.
No final do dia, tomamos um metrô de volta à casa de Justine, mãe da Mary-Anne e... no dia seguinte, às 6 da manhã, partimos de volta a London.

Montreal

No início de agosto fomos a Montreal. Conseguimos uma carona com a Mary-Anne e o Zenon para lá. A mãe dela mora lá, e eles foram passar a semana com ela. Aí ficamos uma noite na casa dela, outras na residência da universidade, que durante o verão abre para a comunidade se hospedar, e na última noite dormimos novamente na casa da Justine, mãe da Mary-Anne.

Fizemos passeios bem legais por lá. Realmente, Montreal é uma cidade que vale a pena conhecer. Se Toronto é a São Paulo canadense, Montreal é o Rio de Janeiro. Como escreveu o Luis Fernando Veríssimo, gaúcho que se preza gosta mesmo é do Rio. Isso talvez explique nosso encanto com Montreal.

Talvez pela influência francesa, Montreal tem um tipo diferente de entretenimento. Mais cafés e restaurantes com comidas típicas de várias nacionalidades. A Nara vai contar mais detalhes em um post separado.

Vamos, à medida que o tempo permitir, liberar as demais fotos. As fotos "gerais" de Montreal podem ser vistas no nosso álbum: http://picasaweb.google.ca/prof.iuri/2007080106Montreal

sábado, 11 de agosto de 2007

Dia dos Pais

O dia dos pais está chegando e eu não poderia deixar de fazer uma homenagem a esses grandes personagens que iluminam nossas vidas.

Ao meu pai, ao pai do Iuri, ao meu marido Iuri, que é pai da Sofia e pai emprestado dos meus filhos, enfim a todos os amigos que também são pais.


Que o Pai maior, que criou toda essa natureza maravilhosa para nós, ilumine os caminhos de todos os pais da terra e os abençôe.



E como eu tinha feito um álbum de fotos para o dia das mães, também preparei essa surpresa para os papais.



http://picasaweb.google.com/Nara.Maria.Muller/Pais?authkey=HSYIxOWtEao


Felicidades!



Nara e Iuri.




quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Lorenzo e o Skype

Hoje "falei" com meu sobrinho Lorenzo pelo Skype. Na verdade, falamos eu, a Nara e minha irmã e ele de enxerido, tentando batucar o teclado do computador.


Não é que o pestinha já está balbuciando umas coisinhas? Chamamos o nome dele no microfone e ele olha curioso para o monitor do computador (e não para o alto-falante, de onde sai o som).

Nesses tempos de alta tecnologia, esses meninos sabem de computador e conversam com a gente pelo Skype antes de aprender a ler e escrever. Estranho, né? Como ele vai para a Austrália antes de voltarmos do Canadá, é possível que essa seja a única forma de dele me reconhecer na próxima vez que nos encontrarmos. Esse é o lado bom da história.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Quadrado, Círculo, Triângulo

Eu recém havia entrado na primeira série do ensino fundamental. Devia ser uma daquelas tardes quentes de março, em que meus vizinhos e eu íamos jogar bola no fundo do pátio. Mas aquele ano eu teria um empecilho adicional, além da chuva e de outros problemas mundanos, que me impediria de sair para brincar. O tema de casa. Meu tema aquele dia era preencher uma folha de caderno, repetindo um padrão que havia no alto da página:


Sempre fui um bom aluno, prestava atenção às aulas e tudo, mas odiava fazer os temas de casa. Tive incontáveis bilhetes das professoras devido a essa minha característica. Para mim, o tempo “extra” era meu, não para o colégio. Havia uma época, mais tarde, em que carregava todos os cadernos das disciplinas na mochila para não ter que olhar para ela em casa.

Mas naquela tarde, eu estava bem no começo da minha relação de confronto com os temas de casa. Detesto trabalhos repetitivos. E lá ia eu, sofrendo - pela terceira linha de quadrado, círculo, quadrado, traço - quando minha mão escorregou acidentalmente e saiu um traço um pouco maior: ---. Eu tentava, com de toda forma, fazer o mais parecido possível com o desenho da professora. A gente, nessa idade, não faz a menor idéia de quanto parecido tem que ficar com o modelo, então se esforça ao máximo para ficar exatamente igual.

O primeiro impulso foi apagar e fazer menor. Rapidamente, tive uma inspiração: o traço era o movimento mais rápido! Se eu fizesse traços ligeiramente maiores, terminaria mais rápido e iria jogar bola. Realmente, ninguém teria notado se eu seguisse fazendo traços ligeiramente maiores.

Mas nããão... eu já estava impaciente no meio da página. Fazia “traços” de quase meia linha.

Resultado: quando terminei, minha mãe foi conferir os temas. Ela arrancou a página e me fez fazer tudo de novo... ninguém fica perfeccionista por acaso...


***


Para fazer a pesquisa, além de ter o questionário pronto, preciso também uma relação de empresas para as quais mandar o questionário. Não quero entrar em detalhes, mas a lista de empresas provem de duas fontes distintas, uma gerada pelo Environment Canada e outra gerada por uma empresa de Marketing, a Scott, que vende um CD com a lista de contatos de todas as empresas de manufatura do Canadá.

Juntar as informações das duas listas requer um bocado de trabalho “manual” e repetitivo em frente ao computador. Claro que, à medida que o trabalho foi avançando, fui ficando “mais esperto” e aprendendo formas de acelerar o processo, ocultando colunas com informações irrelevantes, classificando as empresas por ordem alfabética de nomes, etc. Mas ainda assim, o trabalho é muito repetitivo.

Lembrei do meu tema da primeira série: quadrado, bola, triângulo. E comecei a rir sozinho na frente do computador: “Deve ser praga da minha mãe”. Hehehe.