domingo, 2 de dezembro de 2012

Formandos 2012 da São Marcos

Eu sempre digo que a formatura da graduação é o momento mais bonito de nossas vidas. É único, só nosso - claro que compartilhamos essa vitória com aqueles a quem amamos e que nos amam. É uma conquista inesquecível, que ninguém pode nos roubar.
A formatura é o resultado de alguns anos de renúncias, de choros, de risos, de cansaço, de muita dedicação, inspiração e transpiração. Durante o tempo que passamos pelos bancos da faculdade, temos oportunidade de conhecer pessoas, de re-encontrar outras, aprender a admirar professores - nem todos (risos). Nos últimos semestres, quando deparamos com os trabalhos de conclusão de curso, sejam monografias, ou artigos, parece que uma nuvem escura se transpõe ao tão sonhado dia da nossa formatura...
Mas, pouco a pouco, esse dia vem chegando, fruto daqueles desafios vencidos que dão um sabor todo especial à colação de grau.
Sábado, dia 1º de dezembro, o paraninfo da turma de formandos 2012-II, da Faculdade Luterana São Marcos, de Alvorada - RS, professor Edson Schirmer, brindou seus afilhados com um churrasco maravilhoso. Esse será um mais um dia inesquecível na vida de cada um daqueles jovens futuros administradores. Esses jovens que tiveram a responsabilidade de representar a Faculdade São Marcos junto ao Ministério da Educação e Cultura, através do ENADE, esses mesmos jovens que ainda aguardam, ansiosamente, a aprovação nas bancas de trabalhos de conclusão, na próxima semana.
O churrasco foi feito no pátio da própria São Marcos, numa churrasqueira portátil de um dos formandos, o Irajá e assado, com muito carinho e competência, pelo formando André. Teve um buffet de saladas feitas pelas formandas e pela funcionária homenageada, a Rose e até sobremesas (algumas feitas pela professora homenageada, Cilane Vieira).
A foto de abertura deste post mostra os formandos de Administração 2012-II, abraçando a São Marcos, num gesto bonito e significativo de amor pela faculdade.
Desejo a todos esses formandos, um futuro de glórias e, vai aqui um conselho: Continuem estudando, se registrem no Conselho de Administração e exerçam, com orgulho essa profissão.

sábado, 27 de outubro de 2012

A Segunda Garopaba

No feriado do dia dos Professores, a Nara e eu fomos para Garopaba. Este ano, a conjunção dos astros nos permitiu sair na sexta-feira, 12 de outubro, feriado nacional, e voltar na segunda-feira, 15.

Foi um feriado "profilático": com o mar ainda frio, tempo bonito e muito cansados, ficamos em uma pousada bem central, de frente para o mar, na praia de Garopaba mesmo. A foto que abre este post é da Nara em frente da nossa pousada. Deixamos o carro estacionado na pousada o tempo todo e só tiramos ele para voltar. De resto, fizemos tudo à pé. Deu até para tomar um vinho no restaurante, à noite, sem stress.

A primeira vez que eu fui à Garopaba foi em 1986. Os pais do meu amigo Tibério têm casa lá, e eu era colega de Julinho* do Tibério. Gostava muito de todos da família. Fui vários verões para esta praia. Mergulhava de snorkel com o irmão mais novo do Tibério, caminhava e conversava muito com o Tibério, e saía à noite com os amigos da irmã dele, a que ainda era solteira. Gostava muito de conversar com a mãe dele. Mas era pelo pai do Tibério, o seu Abade, que tu tinha um carinho todo especial. Gostava dele como a um tio. Muitas vezes ficávamos, eu e ele, de papo na varanda daquela casa em Garopaba. Aprendi muitas coisas com ele. Por exemplo, como pedir um favor a alguém.

Os anos foram passando. Com o tempo, infelizmente, eu fui me distanciando da família do Tibério. Apesar de gostar de todos e sentir falta deles, nunca achava tempo para vê-los. Paralelamente a isto, Garopaba tinha perdido a graça para mim. Nunca tinha associado uma coisa com a outra antes, mas hoje eu conecto os pontos e vejo como as duas coisas estão ligadas.

Não lembro direito quando foi a primeira vez que a Nara e eu fomos a Garopaba. Fomos algumas vezes para umas cabanas que o Fábio, do X do Brito, de Taquara, aluga. Fomos também na pousada que a Venilda, de Taquara, mantinha lá - a Pousada da Tia Vê. Um ano foi muito engraçado. Era 2006, e eu estava fazendo doutorado. Alugamos algo como dez dias, mas eu não tinha conseguido terminar um artigo para uma disciplina. Levei o laptop, carregado de literaturas em PDF, para terminar lá. Eu ainda não era bem acostumado a ler em tela, mas não quis levar os artigos impressos. Além disto, não havia internet móvel, 3G, etc. Ou havia e nós não tínhamos. Enfim, choveu durante os quatro primeiros dias. No quarto dia, eu terminei o artigo, gravei em um "pendrive" e levei até a lan house para enviar por email. Os dias seguintes foram de muito sol e aproveitamos o tempo! Parecia que São Pedro estava dando uma força para eu terminar o tal de artigo.

Bem, a Nara adora ir a Garopaba comigo. Ela diz que é nosso refúgio. Desta vez, neste feriado, eu refleti muito sobre isto. Eu gosto de uma segunda Garopaba. Aquela da minha juventude não existe mais. O pai do Tibério faleceu em 2010, e agora a família resolveu colocar a casa à venda. Passando na frente daquela casa, com a placa de "vende-se", vi que aquele tempo acabou, e com ele o significado que aquela praia tinha para mim.

Visitamos, e acho que visitaremos ainda muito, a nossa Garopaba. A minha segunda Garopaba.

* Colégio Júlio de Castilhos, Porto Alegre


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

CRIANÇAS E PROFESSORES

Hoje a inspiração tomou conta de mim. Criei e enviei a seguinte mensagem aos professores da Faculdade Luterana São Marcos, onde sou coordenadora acadêmica. Desejo compartilhá-la com todos os meus amigos, professores e crianças...


Hoje, vindo para a Faculdade, eu escutava rádio e ouvi uma homenagem às crianças. Falava do tempo em que éramos crianças e imaginávamos bruxas nas florestas, procurávamos nossos monstros em baixo da cama e acreditávamos que tudo isso era de verdade. Tínhamos nossos sonhos de que tudo poderíamos realizar, se assim o desejássemos.
A mensagem sugeria que acordássemos essa criança que há dentro de nós e que voltássemos a mandar as bruxas para as florestas e os monstros para baixo da cama.
Fiquei refletindo sobre a mensagem e pensei: Somos todos crianças e isso é muito bom. Quando sonhamos, quando criamos, quando lutamos para conquistar nossos ideais. Quando brincamos com nossos alunos, quando nos emocionamos com suas conquistas, quando acreditamos... Fiquei feliz ao pensar assim...
Desejo a todos vocês, um FELIZ DIA DO PROFESSOR e, um muito especial DIA DAS CRIANÇAS.

Que tenham um feriadão abençoado e reconfortante e que voltem saltitando como crianças e sábios como bons professores que são.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Encontros de coordenadores e professores de Administração



Como Administradora, registrada no Conselho Regional de Administração - CRA-RS, sou membro da Câmara de Ensino e, atualmente, faço parte da Comissão Organizadora do VI EPROCAD (Encontro de Professores e Coordenadores dos Cursos de Administração).
Nos dias 14 e 15 de setembro, eu participei V EPROCAD - promovido pelo Conselho Regional de Administração - CRA-RS.
EPROCAD (sigla difícil de pronunciar corretamente - risos) é um evento que acontece duas vezes ao ano e visa promover a reflexão e a discussão sobre o perfil do administrador contemporâneo e a responsabilidade dos Cursos de Administração do Rio Grande do Sul.
 O V EPROCAD  teve como tema principal, O Administrador no cenário da ciência, tecnologia, inovação e interdisciplinariedade e Rio Grande foi a cidade escolhida para sua realização. Rio Grande tem se destacado no cenário nacional pelo seu desenvolvimento como um importante Polo Naval. “Há 10 anos, o município ocupava o 7º lugar no PIB e hoje está em 2º, só perdendo para a capital”, destacou o Adm. Volnei Correa, presidente da Câmara de Ensino do CRA-RS.
Durante o evento, tive oportunidade de coordenar um dos workshops (Perfil do Administrador e as necessidades de capacitação: competências profissionais e transversais). Na minha opinião, o evennto foi muito valioso e lamento que mais representantes da São Marcos não tenham conseguido participar. As palestras foram excelentes, sendo apresentadas por gestores de empresas como a Cooperativa CCGL, a Petrobrás e a Ecovix-Engevix. A Ecovix-Engevix opera o mais novo Estaleiro de Rio Grande, responsável pela construção das plataformas navais que serão utilizadas pela Petrobrás, na exploração de petróleo do programa brasileiro do pré-sal.
Conforme os palestrantes, o perfil dos administradores que essas grandes empresas buscam contempla ética profissional, além de fortes conhecimentos nas áreas de finanças e custos,  uso de planilhas eletrônicas e conhecimentos profundos em inglês.
Durante o evento, tive oportunidade de fazer contatos com os gestores da Ecovix-Engevix, para promover futuras viagens de estudos e visitas técnicas ao Estaleiro de Rio Grande.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

POMS 2012 Chicago

Cheguei em Chicago na quinta-feira de manhã bem cedo. Eu e o Vitor, meu orientando no mestrado, pegamos um voo direto São Paulo - Chicago, de 10h de duração, que chega aqui 5h da manhã (hora local). Aliás, a hora local, nesta época do ano, é 2h a menos que o Brasil. Pegamos o trem do aeroporto até o hotel, junto com um doutorando brasileiro. Achei bom ter vindo de trem, porque o trem não é subterrâneo em todo o trecho, e pude olhar as casas dos subúrbios de Chicago. Como estamos a poucas horas do Canadá, as casas são MUITO parecidas. Pena não ter tirado nenhuma foto. Se o tempo ajudar hoje, quando eu voltar, tiro umas fotos e posto aqui no blog ou no Facebook. Chicago é uma cidade muito antiga, bonita e cheia de atrações culturais. No primeiro dia, estava tendo show do Buddy Guy, do Paco de Lucia e outros. Meus colegas foram borboletear por aí. Eu fiquei pelo hotel. Realmente não acho muita graça passear sem a Nara. Eu venho a este congresso científico desde 2006. Na verdade, o meu primeiro artigo internacional foi no POMS de 2002, mas quem veio apresentar foi meu colega de mestrado, o Chico, o primeiro autor. Eventualmente, acabou virando capítulo de livro. Mas mandar artigo científico de minha (primeira) autoria e vir apresentar, só em 2006. Enquanto escrevia, pensava onde estaria o post daquele evento, mas lembrei que não tínhamos blog naquele tempo. Criamos este blog no dia do nosso casamento, para contar nossa viagem para o Canadá. Gosto muito do POMS. POMS quer dizer Production and Operations Management Society, ou Sociedade para a Gestão da Produção e das Operações. É uma associação científica, como em várias outras áreas do conhecimento. A associação (POMS) tem um congresso científico anual (POMS). Lá em 2002, e mesmo em 2006, eu entendia apenas a parte do congresso científico, mas agora começo a entender melhor como funciona fazer parte de uma associação de cientistas. Estas sociedades existem há muitos e muitos anos. Vários cientistas famosos (e anônimos) fizeram parte de sociedades. Eu faço parte da grossa massa de cientistas anônimos... Como acontece em todos os congressos em que venho, existe uma grande delegação da FGV/EAESP, na qual tenho grandes amigos, e outros brasileiros de outras universidades, em geral um ou dois de cada programa. Da UNISINOS, eu era o único professor do curso de Administração, e o Vitor o único aluno. Vi outros dois professores da Engenharia de Produção da UNISINOS e outro que era da UNISINOS e agora trabalha na UFRGS. E acabou o Rio Grande do Sul por aí. O resto era de outros estados do Brasil. E tome piada para cima de nós... Como talvez as pessoas saibam, nós gaúchos temos no Brasil uma fama não muito boa. Em São Paulo, contam as nossas piadas de pelotense trocando "pelotense" por "gaúcho". Descobri que no Mato Grosso do Sul, temos outra fama. Exemplos de piadas deles: Sabe o que é uma frente fria? Um monte de gaúchos vindo com cheques do Bamerindus! Outra: o gaúcho coloca seu cartão e digita a senha no auto-atendimento do Banco do Brasil. Aparece a mensagem "processando..." O gaúcho se assusta, tira o cartão e sai correndo. Dá para sentir nossa fama lá... Engraçado é que minha primeira conta em banco, para receber o meu primeiro salário, foi no falecido banco Bamerindus. Fiz minha apresentação em 2006 e depois, duas pessoas vieram conversar comigo. Falaram sobre meu artigo e um deles disse "Você nos citou no seu trabalho, eu sou o Sarkis e meu amigo aqui é o Talluri". Fiquei meio que de perna bamba. Ainda bem que eles não tinham dito antes... Corta para 2012. Entro na primeira sessão de apresentação de artigos, na sexta de manhã, e o Matteo Kalchschmidt, da universidade Politécnica de Milano, começa a apresentar seu artigo. Lá pelas tantas, aparece no artigo dele: "Gavronski et al. (2011)". Caramba, não é que agora eu virei o referencial teórico na plateia! A brasileirada à minha volta só me olhou! E nem tenho mais cheque do Bamerindus! Buenas, então agora vou fechar minhas malas, pagar minha conta do hotel com o cartão de crédito (não aceitam cheque de gaúcho aqui em Chicago, que nem no Mato Grosso do Sul!) e dar um tempo (ou fazer um passeio) até a hora do meu voo, que sai daqui 9 da noite.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Reveillon de Iuri e Nara _ by Iuri and Nara

[Início do post: autoria do Iuri]

Neste final de ano resolvemos, a Nara e eu, fazer um réveillon diferente. Deixamos em casa os computadores, e fomos para um lugar onde nossos celulares não pegavam. A ideia era ir sem destino. Na verdade, sem programação nem planejamento, pois tínhamos um destino: o Uruguai. Por esta razão, ao invés de fazer um post para cada dia e evento, como deveria ser mais apropriado para a leitura, vamos fazer um único post com todas as nossas aventuras.

O roteiro inicial era bastante ambicioso. Incluía sair de São Leopoldo, ir até o Chuí, depois Punta Del Este, Montevideo, Colonial Del Sacramento, depois pegarmos uma balsa e irmos a Buenos Aires. Depois, voltar pelo interior do Uruguai, passando por Rio Branco/Jaguarão e retornando para São Leopoldo. Decidimos, na semana anterior, cortar a ida à Argentina porque iria envolver planejamento: comprar antecipadamente passagens na Buquebus, ter um dia certo para chegar em Colonia, etc. Resolvemos sair sem maiores planos, apenas com um roteiro básico. Na véspera de sairmos, ainda na noite do dia 25 de dezembro, eu tive um estalo de como baixar os mapas do Uruguai para o GPS. Finalmente consegui fazer isto, pois é uma dificuldade encontrá-los. Se alguém tiver interesse nos detalhes técnicos, faça um comentário que eu explico como fiz.

Dia 26/12 (segunda-feira): saímos sem pressa para o Chuí. Eu nunca tinha ido para lá, acho. Não tenho lembrança destes free-shops. Fui duas vezes para o Uruguai (1990 e 1997), mas sempre de ônibus. Uma vez direto a Montevideo (1990) e outra para Punta Del Este (1997). Chuí é uma cidade que não existe, na prática.

Ficamos em um pequeno hotel, onde conversamos com um senhor, nativo daquela cidade. Ele nos contou que a cidade tem 5.000 habitantes no papel, que foram arregimentados para poderem se emancipar de Santa Vitória do Palmar. Disse, também, que o povo não tem emprego formal, então, embora não se veja pessoas miseráveis, todos recebem cestas básicas porque não têm comprovação de renda. Segundo esse senhor, durante o inverno, o posto de saúde da cidade vive cheio de gente para consultar, mas no verão, o posto fica quase obsoleto, pois todos trabalham como camelôs, ou como guardas de carros para atender aos turistas. Não há um “centro”, como estamos acostumados em outras cidades. Tudo ocorre na rua da fronteira com o Uruguai. É muito estranho, pois tem uma rua de duas mãos no lado brasileiro e outra rua de duas mãos no lado uruguaio, onde ficam todos os free-shops e cassinos. As duas ruas (brasileira e uruguaia) são separadas por um canteiro central, como se fosse uma só avenida.

Outra coisa incrível para quem vai para o Chuí é a estrada.

Seguimos pela BR-116 até a ponte do Guaíba, depois até Pelotas, onde paramos para conhecer a praia do Laranjal. Depois, seguimos até Rio Grande, onde se entra na BR-471.

Passamos por dentro da reserva ecológica do Taim, que é um cenário lindo, com bandos de capivaras tomando banho de rio e de sol e criando seus filhos em paz, apenas incomodadas pelos motoristas apressados que atropelam as bichinhas que se arriscam atravessar a rodovia. Ao todo, a BR-471 é1 um trecho de 220km sem posto de gasolina e quase nenhuma casa. Portanto, tem que sair de tanque cheio de casa e bexiga vazia.

[2ª parte: autoria da Nara]

Dia 27/12 (terça-feira): Acordamos cedo, tomamos o café da manhã no pequeno hotel, pedimos algumas informações ao proprietário e partimos para mais um dia de viagem. Fomos conhecer o Forte de São Miguel, mas não conseguimos entrar, visto que o local abre para visitas de quartas a domingos e era terça-feira. Apesar disso, conseguimos tirar algumas fotos e perceber a beleza do local e da construção. Ao lado, foto do ambiente interno, tirada através das grades do portão do Forte de São Miguel.

Depois disso, fomos abastecer o carro, no lado brasileiro, onde a gasolina é um pouco menos cara do que no lado uruguaio. Eu validei meu cartão de crédito para poder usá-lo no Uruguai, o Iuri trocou alguns reais por pesos (o bastante para pagar pedágios e para pequenos gastos no país vizinho). Almoçamos num restaurante do lado brasileiro, em Chuí (foto do almoço, ao lado - hehehe) Aliás, como descobrimos depois, as porções no Uruguai são quase tão grandes quanto as canadenses. Depois, fomos ver os preços dos free-shops uruguaios. Compramos apenas algumas coisinhas básicas e comestíveis (chocolates – hehe) para seguir viagem a Punta Del Este. Logo depois de sairmos do centro da cidade de Chuy (lado uruguaio), chegamos à aduana, onde nos cadastramos, apresentando, ou a carteira de identidade, ou o passaporte (eles não aceitam outro documento de identificação pessoal, tal como carteira de motorista), e apresentamos a carta verde, que libera o carro para trafegar no Uruguai. A carta verde pode ser adquirida em Chui, mas nós já tínhamos providenciado antes da viagem, através do nosso corretor de seguros, o que agilizou nossa entrada no país vizinho (porque algumas coisinhas foram sim, planejadas - risos).

Na sequência, fomos conhecer a barra do Chuy, onde o rio e o mar se encontram. É um lugar lindíssimo e aconteceu uma coisa engraçada. Estávamos a poucos quilômetros da aduana, onde nos cadastramos e passamos por um pequeno prédio, onde pedimos informações sobre como chegar à barra de Chuy (foto à esquerda). O informante nos disse para seguirmos em frente e chegamos a esse belo lugar. Creio que andamos em torno de 1 quilômetro até chegar á barra. Tiramos algumas fotos e retornamos à estrada, pois tínhamos que trilhar uma longa estrada até Punta Del Este (nosso destino do dia). Ao chegarmos no tal postinho de informações, fomos barrados pelo mesmo senhor que nos tinha dado informação na ida para a barra. Ele pediu nossos documentos e a carta verde. Descobrimos que tínhamos re-entrado no Brasil e que, agora, estávamos de novo, entrando em solo uruguaio. Foi muito engraçado.

Dali, seguimos até o Forte de Santa Teresa (foto à direita), onde também tiramos algumas fotos externas, pois esse local também é aberto a visitas, apenas de quartas a domingos. Desse ponto em diante, seguimos direto até Punta Del Este, curtindo a excelente estrada, a rota 9, cujo único pedágio, custa 10 pesos, ou R$ 5,00. Já tínhamos gasto em torno de R$ 30,00 de pedágios no RS, trafegando em estradas não tão boas... Chegamos em Punta Del Este, em torno de 20h30min. Tinham nos dito que não conseguiríamos mais hotel, sem ter feito reserva antecipadamente. Por isso, nossa bagagem contava com barraca, colchonete, travesseiros e todos os apetrechos básicos para um acampamento. Começamos a busca por hospedagem. O primeiro hotel que visitamos foi o Concorde, com ótima localização. Eles só tinham um apartamento, com três camas de solteiro. O preço da diária era meio salgado, tendo superado nossas expectativas. Fomos a outros hoteis e vimos que os preços eram todos parecidos, mas poucos tinham acomodação para essa noite. Alguns tinham acomodação para duas noites, mas já tínhamos decidido ficar em Punta Del Este até o ano novo. Na viagem, decidíramos não seguir ate Montevideo.

A capital do país ficaria para outra oportunidade, pois iríamos curtir bastante essa linda praia de Punta. Ficamos com medo de perder a oportunidade de ficar no hotel Concorde e não estávamos dispostos a buscar um camping e ter que montar todo o acampamento. Chegamos de volta no hotel Concorde (foto à esqierda) em torno de 21h30min e fechamos com eles as diárias até 01 de janeiro. Tomamos um banho e saímos para jantar: optamos pelo restaurante La Pasiva, na av. Juan Gorlero (vejam minha cara de cansada na foto à direita, no La Pasiva). Depois disso, caminhamos de volta ao hotel e fomos dormir depois de um longo dia de viagem.

Dia 28/12 (quarta-feira): Tomamos o café da manhã e saímos para conhecer um pouco da cidade. Fomos ao supermercado Devoto, que o Iuri tinha encontrado no Google, e fizemos um rancho de comestíveis. Compramos pratos e talheres descartáveis, pães, manteiga, salame e queijo, frutas e sucos para fazermos algumas refeições no quarto do hotel (já tínhamos contratado um gasto elevado com as diárias do hotel – hehe). No Devoto, vimos um enorme tacho, onde estava sendo feito uma paeja. Decidimos comprar uma porção de paeja para duas pessoas e comer no hotel, durante o almoço. Do estacionamento do supermercado, vimos um casal sentado no gramado, numa sombra, comendo sua paeja e decidimos fazer um

piquenique na praia. Saímos dali e encontramos o lugar ideal, uma prainha à margem do rio Del Plata, com palmeirinhas no gramado. Estacionamos o carro, descemos com as duas cadeirinhas de praia que tínhamos no porta-malas, nossa comida, pratos e talheres descartáveis, sucos... Nos deliciamos com aquela paeja maravilhosa, sentindo aquela brisa indescritível... Depois desse almoço chiquérrimo, voltamos ao hotel e dormimos o resto da tarde – hehehe. À tardinha fomos dar uma caminhada pela praia, voltamos ao hotel para comer um sanduíche (nossa janta) e, novamente, saímos para caminhar no porto. Vimos os leões marinhos tentando dormir nas pedras das docas.

Dia 29/12 (quinta-feira): Nesse dia fomos conhecer Piriápolis, um amor de cidade. Primeiro almoçamos em Punta, o Iuri comeu um “Chivitos” e eu comi um “milanesa em pan”, um enorme bife á milanesa dentro de um super sanduíche com alface e tomate. O Iuri teve que comer de garfo e faca porque não tinha abertura de boca suficiente – hehehehe. Pegamos a estrada (rota 10) e seguimos em direção a Piriápolis. Essa é uma cidade planejada por seu fundador: Francisco Piria (http://pt.wikipedia.org/wiki/Piri%C3%A1polis).



A praia é muito bonita e as construções também, especialmente o Argentino Hotel. Tomamos um chimarrão na calçada à beira mar e depois de caminharmos um pouco.

Depois do chimarrão, fomos tomar um sorvete na Heladeria el Faro. Ali estava sentado um senhor que nos lembrou muito de um ilustre conhecido cubano: Fidel Castro (vide foto à direita) – risos.

Na volta de Piriápolis, paramos num belvedere à beira mar, para contemplarmos a bela paisagem natural, adornada por um espetacular condomínio de luxo. Nesse paradouro encontramos um professor da UFRGS, Paulo Terra, que estava fazendo a mesma viagem que nós, mas de motocicleta. Dali, seguimos para Punta Ballena, onde visitamos a Casa Pueblo, um atellier construído pelo artista plástico Carlos Paez Villaros. As fotos falam por si mesmas a respeito dessa grandiosa obra de Carlos Villaros. Em torno de 21 horas, o sol se pôs sobre o mar, acompanhado de uma poesia com fundo musical, declamada (gravada) pelo próprio artista plástico, Carlos Villaros.

Muita gente assistiu a esse espetáculo junto conosco. Entre essas pessoas, 4 mulheres mineiras que tinham ido até lá, de táxi, pois estavam hospedadas num hotel em Punta Del Este. Oferecemos carona e as levamos de volta à Punta Del Este. Fizemos nossa boa ação do dia...

Dia 30/12 (sexta-feira): Véspera da véspera de ano novo. Tivemos uma ideia brilhante: Como tínhamos decidido seguir viagem de volta a São Leopoldo no dia 1º de janeiro, bem cedinho, resolvemos sair para dançar na noite de 30 de dezembro. Assim, poderíamos dormir cedo na noite seguinte, logo após assistirmos aos fogos de ano novo.



A sexta-feira foi um dia cheio, como todos os outros (cheio de coisas boas!). Fomos visitar o farol de José Inácio, no balneário de mesmo nome. Lugar muito bonito, impressionante pela natureza e pela construção do próprio farol. Tomamos chimarrão num deck sobre os cômoros de areia na beira da praia de José Inácio. Voltamos para nosso hotel, tomamos banho e comemos um sanduíche com suco. Saímos para uma caminhada no entardecer. Queríamos chegar até o farol de Punta Del Este, há umas três ou quatro quadras de nosso hotel. Ficamos maravilhados com uma pequena pracinha, cercada por vários prédios: uma igreja católica, um pequeno hotel (Smalleast hotel), algumas casas e o farol. Pegamos um cartão do hotel e decidimos que é para lá que vamos quando voltarmos a Punta Del Este. Descobrimos os horários das missas de ano novo e voltamos para o hotel. Fomos dormir um pouco (agendamos o despertador para 22h30min, afinal, iríamos sair para dançar e precisávamos descansar um pouco antes disso). Quando o relógio despertou, o Iuri perguntou: “será que 23 horas era um bom horário para irmos dançar?”. Eu respondi que, pensando melhor, achava que seria mais prudente sairmos pela meia noite, afinal, o barzinho onde iríamos ficava a duas quadras do nosso hotel, seguindo na direção do porto. Decidimos descansar mais um tempo e, à meia noite, estávamos na rua, bem produzidos (eu de vestido, maquiagem, salto alto; o Iuri de calça jeans, camisa social e sapatos). Chegamos ao tal barzinho e vimos muita gente jantando. A recepcionista veio com cardápios e nos convidou para jantar. Meio constrangidos, dissemos a ela que pretendíamos dançar e ela, mais constrangida ainda, disse que as músicas para dançar não começariam antes das 2 da manhã. Bem, o que fazer? Voltar ao hotel e aguardar no saguão é lógico... Sentamos no sofá do saguão do hotel e começamos a folhear umas revistas até que o sono nos dominou. Subimos para nosso quarto, eu retirei a maquiagem e fomos dormir.

Dia 31/12 (sábado): Na manhã do dia 31, embora não tivéssemos dançado na noite anterior (ou teríamos dançado? This is the question...), dormimos até mais tarde. Tomamos café da manhã e fomos ao supermercado “Disco” comprar reforço de comida para nosso jantar de Revellion. Aproveitamos para comprar o almoço: um bife à milanesa dentro de um sanduíche. Fomos até a beira do rio Del Plata e, sob uma palmeira, fizemos essa refeição. Acho que dormimos a tarde inteira, depois disso. À tardinha, tivemos nosso jantar de ano novo: sanduíche, bolo de frutas e suco de frutas. Às 20 horas fomos à missa de ano novo na igreja da pracinha perto do Farol. A missa foi muito linda, com reflexões sobre os própsitos de ano novo e a igreja estava completamente cheia. Voltamos para o hotel, arrumamos nossas malas e, perto da meia noite, pegamos nossas cadeirinhas de praia, uma garrafinha de champanhe que estava no frigobar do nosso quarto de hotel e nos dirigimos ao porto. Muita gente se aglomerou no deck às margens do rio Del Plata, próximo às lanchas, no porto.

Pouco antes da meia noite começou o espetáculo de fogos de artifício sobre nossas cabeças e ao longo da praia. Tomamos nosso champanhe sem taças, no bico da garrafa e foi um ano novo completamente diferente de todos os anteriores – risos. Lembramos que, há 4 anos, passamos a virada de ano de 2007 para 2008 em London, Ontario, no Canadá, assistindo a shows musicais e de roller na neve, com nossos amigos Mary-Anne, Zenon, Steve e Larissa. O tempo passa, mas as lembranças boas permanecem em nossas memórias e corações.

Dia 1º/01/2012 (domingo): Levantamos às 7h30min, tomamos café da manhã, fechamos a conta do hotel, carregamos o carro e saímos. No caminho, abastecemos o carro (só o suficiente para chegar a Chui, no RS, pois o preço é bem mais alto no Uruguai). Seguimos viagem rumo a Chuy, onde almoçamos no único restaurante que estava aberto. Uma parilla. Fomos até a loja da Neutral (free-shop) e compramos uma porção de chocolates, doce de leite, e alguns eletro-domésticos. Passamos facilmente pela alfândega, nem pediram para verificar nossas compras.

Depois, pegamos aquele longo trecho da BR-471... Claro que sentimos, os dois, a bexiga incomodar, talvez por sabermos que não havia nada por quilômetros. Foi um trecho mmmuuuuito longo de estrada. Era isto, ou compartilhar o WC das capivaras. Conseguimos um posto na entrada de Pelotas.

No caminho de volta, paramos em Cristal para um lanche e decidimos ir direto a Imbé, onde estava meu filho Lucas, aniversariante do dia. Chegamos a Imbé pouco antes da meia noite, a tempo de dar um abraço de aniversário no Lucas. Ficamos em Imbé até depois do almoço do dia seguinte e voltamos para nossa casa em São Leopoldo. Fim dessa jornada que cumpriu sua missão de ser, efetivamente, FÉRIAS!