sexta-feira, 25 de julho de 2008

O amor de Wall-E e Eva


Domingo passado, dia 20 de julho, o Iuri e eu fomos ao cinema de Taquara - Cine Viena - com nossos amigos Gustavo, Márcia e Tiago. Fomos assistir ao filme Wall-E.
O filme conta a história de um robozinho que "vive" sozinho e tem a missão de limpar a terra, destruída pelas catástrofes provocadas pela raça humana, durante a sua existência e reinado neste planeta. Sozinho é um modo de dizer: ele tem a companhia de um único ser vivo sobrevivente: uma barata.
Todos os dias, Wall-E sai de sua casa (um velho trator abandonado) e percorre a terra, juntando, compactando e armazenando o lixo da terra. No final de cada dia, Wall-E volta para sua casa, junto com sua amiguinha barata, e uma maleta com alguns itens, considerados importantes, por ele. Wall-E liga um televisor com tela LCD e coloca uma fita de vídeo que mostra pessoas caminhando e cantando nas ruas, ele se sente só. No final do vídeo, aparece um casal dançando e a cena é finalizada com os dois juntando suas mãos, apaixonadamente. Uma cena romântica que faz Wall-E juntar suas próprias mãos, sonhando em ter uma namorada.
Um dia, quando trabalhava na sua tarefa de limpar a terra, Wall-E assiste o pouso de uma nave espacial, de onde sai uma linda robozinha, que, após alguns momentos, se apresenta, como: Eva.
Wall-E se apaixona por Eva e tenta ensinar a ela algumas coisas sobre a terra. Um dia, Wall-E encontra uma plantinha, sinal de que a vida começa a se renovar na terra. Emocionado, dá a plantinha à Eva, que abre uma portinhola em seu peito e deposita o presente. Imediatamente, o sistema de Eva se conecta com a nave mãe, que volta para resgatá-la. Claro que Wall-E, herói apaixonado, se agarra à nave e viaja com ela até o planeta onde encontra toda a humanidade da terra, que aguarda pelo momento de retornar à terra renovada, pronta para ser reconstruída.
A mensagem do filme é tocante: mostra o que nós, humanos, estamos fazendo com nossa terra mãe. Estamos poluindo com nossa sujeira, em nome do desenvolvimento econômico, estamos sujando nossa própria água, por falta de educação e consciência e, as conseqüências disso, já começaram a aparecer.
Para minha triste surpresa, ao final do filme, quando as luzes do cinema se ascenderam, vi muito lixo espalhado pela sala. Copos vazios de refrigerante, sacos vazios de pipoca, embalagens vazias de chocolate e outras guloseimas. Tudo espalhado pelo chão da sala de cinema.
Será que aquelas pessoas - que tem dinheiro para pagar o ingresso ao cinema - não têm educação? Acreditam que haverá um Wall-E para limpar a sujeira que elas fizeram?
Bem, o filme é um desenho animado da Disney, mas não é feito somente para as crianças. Infelizmente, grande parte daquela platéia deve ter pensado que era um filmezinho de amor: o amor de Wall-E e Eva.
Que pena para Taquara, que pena para nosso planeta...

3 comentários:

Unknown disse...

Nossa senhora, nunca avia lido algo tão real e significativo, hoje é dia 26/03/2010 hoje vi o filme e achei muito interessante, realmente o contexto do filme nos mostra que nós como seres "dominantes" deveriamos cuidar melhor do nosso planeta pois até onde eu sei o planeta não vai se regenerar sosinho...

Excelente POST.

Henry Sanches disse...

Olá, boa tarde! Eu acabei de ver o filme pela Tv e gostei muito tbm, assim como gostei do que escreveu. Além de nossos desmandos com a nossa Mãe Terra eu li outra mensagem no filme (se bem que pela riqueza do filme ele tem muitas outras mensagens): como o excesso de tecnologia pode nos transformar em pessoas que são quase vegetais, que não conseguem nem se mover e o que é pior, pessoas que não tem contato umas com as outras.

iuri disse...

Henry,
Verdade. Este aspecto do filme também me chamou a atenção, e não havíamos postado por conta da questão ambiental, que nos pareceu tão mais evidente na época.
Um abraço,
Iuri.