domingo, 12 de agosto de 2007

Montreal II

O Iuri já fez um post falando de nossa viagem a Montreal, agora eu vou contar alguns detalhes, aventuras e fatos cômicos dessa viagem.

A maior parte das fotos que retratam o que eu vou relatar já está no álbum disponibilizado no post do Iuri.

Conhecemos o Cassino de Montreal, que é lindíssimo, conforme pode-se ver nessa foto aí à esquerda. O cassino fica aberto 24 horas por dia e tem 7 andares com toda a diversidade de jogos comuns aos famosos cassinos de Las Vegas nos Estados Unidos.


Assistimos a alguns shows ao ar livre no centro de Montreal, num evento denominado Francopholies, patrocinado pela Ford Motor Company. O festival lembra bastante aqueles eventos públicos que costumam acontecer no litoral gaúcho, durante o verão: tendas de artesanato e comidas, cerveja e palcos com shows.

A diferença entre o Francopholies e aqueles shows que costumamos ter no Brasil, é que este tem vários palcos distribuídos por duas ou três quadras do centro da cidade.

O Iuri tinha marcado uma reunião com o professor Stephan Vachon que trabalha na HEC - Faculdade de Administração da Universidade de Montreal. Ele é co-autor de vários artigos científicos publicados com o prof. Robert Klassen - que tem orientado a pesquisa do Iuri, aqui no Canadá. Eu fui com o Iuri, pois também tinha vontade de conhecer a Universidade de Montreal.
O prof. Vachon fez várias contribuições importantes à pesquisa do Iuri e depois nos mostrou a universidade.

Gostamos muito da universidade e me chamou a atenção a cafeteria com imensas paredes de vidro, através das quais, se pode ver a paisagem enquanto se estuda ou faz um lanche. Tem até umas árvores plantadas no interior da cafeteria, o que torna o ambiente ainda mais acolhedor.
Mais tarde o prof. Vachon nos levou ao "Chalet de la Montaigne" no Mount Royal, de onde se tem uma vista privilegiada da cidade de Montreal.

Mais uma das grandes diferenças entre as cidades de Montreal/Quebec e London/Ontário são as montanhas existentes, o que lembra bastante o Rio de Janeiro e algumas paisagens gaúchas. London é uma cidade totalmente plana.


Brasileiros no Canadá:


Um fato interessante aconteceu quando estávamos no metrô a caminho da Universidade de Montreal. Houve um problema no caminho e o nosso trem ficou parado uns 20 minutos. Um casal sentou ao nosso lado e o rapaz estava vestindo uma camiseta da seleção brasileira. Perguntamos de onde eram e descobrimos que eles - Guilherme e Ana - são brasileiros do Rio de Janeiro, que tinham chegado a Montreal há duas semanas. Guilherme veio fazer um MBA na Universidade de Montreal e o casal pretende imigrar definitivamente para o Canadá.

Dois dias depois, quando voltávamos de nosso passeio ao "Biodome de Montreal", assunto para outro post, re-encontramos Guilherme e Ana no centro de Montreal e descobrimos que o apartamnto deles ficava na frente do nosso hotel. Saímos para um lanche numa cafeteria perto de onde estávamos hospedados.

Foi muito bom podermos conversar com eles de novo. Desejamos muito sucesso e felicidades ao casal.


O susto:


Sábado à noite, dia 4 de agosto, aproximadamente 10h30, o Iuri e eu estávamos dormindo no quarto do hotel quando começamos a ouvir um barulho de alarme. Levantamos assustados e percebemos que se tratava do alarme de incêndio.

O Iuri correu para o telefone para saber o que estava acontecendo, mas o telefone estava mudo.
Ouvimos as sirenes dos caminhões de bombeiros...
Eu disse para o Iuri: "vamos embora daqui, acho que o hotel está pegando fogo". O Iuri olhou pela janela e confirmou: lá embaixo havia uma multidão olhando para o hotel.

Trocamos de roupa, pegamos nossos documentos e casacos, um par de tênis e meias e descemos 10 andares, pelas escadas.

Nem preciso dizer que eu estava em pânico lembrando do filme: "Inferno na torre"... Mas corri o quanto pude e só respirei de novo, quando estávamos na rua - risos.

Na frente do hotel estavam três caminhões de bombeiros e os profissionais já haviam descoberto que se tratara de um "alarme falso".

Havia uma festa de casamento no restaurante do hotel e os noivos vieram tirar fotos com os bombeiros. E o que poderia ter sido uma tragédia, transformou-se em festa, graças a Deus.

Nos contaram, na recepção do hotel, que a mesma coisa tinha ocorrido na noite anterior... Então, durante as duas noites seguintes em que permanecemos no hotel, eu ficava sempre alerta, esperando para descer as escadas correndo. Detalhe: a frasqueira estava pronta com todos os materiais importantes para serem salvos, em caso de soar o alarme - não esperaria para saber se era verdadeiro ou falso.


A missa de domingo:


Domingo de manhã fomos à missa na igreja de Santa Salete, bem pertinho do nosso hotel: missa em francês.

A igreja é bem bonita, embora bem mais simples do que a Catedral que costumamos freqüentar em London. Todo o seu interior é redondo e os bancos ficam ao redor do altar.

Bem na nossa frente, mais precisamente na frente do Iuri, estava uma senhora idosa e um tanto acima do seu peso.
Sempre que os fiéis sentavam, ela acabava pegando no sono e a gente não sabia se devia ampará-la quando ela balançava para o lado, ou não. Felizmente ela conseguia manter o equilíbrio, mesmo dormindo - e roncando - risos.

Quem conhece o ritual das missas, sabe que tem vários "senta - levanta - ajoelha", e geralmente a gente fica torcendo que chegue o momento de sentar.

No nosso caso, durante a missa francesa, em Montreal, essa ânsia pelo momento de sentar era mais intensa, pois quando não estava sentada e dormindo, aquela senhora não conseguia controlar seus "flatos" e a gente tinha que aguentar aquele cheiro característico e desagradável.
Mas depois que a missa terminou, a gente riu bastante do acontecido.



Cinema em 3D:



Pela primeira vez em nossas vidas o Iuri e eu fomos assistir a um filme em 3D, no IMAX de Montreal. O filme: Harry Potter and the Order of the Phoenix.
Para obter o efeito em 3D é preciso usar uns óculos especiais que fazem milagre!
Puxa vida! Quando começou a batalha em 3D, quase no final do filme, ficamos impressionados!
Parecia que podíamos tocar nas pessoas e nos grandes animais alados.
Mas o engraçado da história é que nós dois só ficamos sabendo que os óculos deveriam ser usados apenas em algumas poucas cenas no fim do filme, quando apareceram imagens dos óculos no canto da tela do cinema.
É isso mesmo: nós dois usamos os óculos do começo ao fim do filme... E olha que eu tive que tirar os meus algumas vezes, pois estavam pesando muito sobre o meu nariz - hehehe!
E cada vez que eu tirava esses óculos, pensava: "parece que não faz diferença nenhuma..." Mas voltava a colocá-los, afinal, o Iuri estava usando os dele e, certamente eu é que não estava conseguindo captar bem a sua finalidade. Cheguei a pensar que se eu não usasse os tais óculos, poderiam sair certos raios perigosos da tela que afetariam meus olhos - que tontinha!!! (risos).
Quase tivemos um ataque de riso depois do filme, quando, meio encabulados, decidimos falar sobre o assunto.

Último dia em Montreal:

Segunda-feira fomos conhecer a Montreal antiga e visitamos a Igreja de Notre-Dame (palco de vários casamentos de famosos, como o da cantora Celine Dion.
Conhecemos o museu de ciências com exposição de inventos relevantes e alguns apenas curiosos e engraçados, como uma certa "geringonça" construída com todo tipo de velharias. A gente pressionava um botão e todas aquelas coisas começavam a se movimentar, coisa de cientistas malucos...
Fomos ao mercado público de Montreal que é muito bonito, tem bastante obras de arte e roupas diferentes lá.
No final do dia, tomamos um metrô de volta à casa de Justine, mãe da Mary-Anne e... no dia seguinte, às 6 da manhã, partimos de volta a London.

Um comentário:

Unknown disse...

Nara, muito show esta aventura de vocês em Montreal a do cinema foi o máximo. beijos, Marcia.