quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Últimas notícias antes da viagem

Ontem fomos com Mary-Anne e Zenon no Tiger Jacks Bar and Grill. Foi uma pré-despedida de nossos tão queridos amigos canadenses.


O lugar é lindo, todo decorado com cabeças e peles de tigre feitos com material sintético. No hall de entrada do bar, uma estátua engraçada de Jack Daniels, com cara de tigre. http://www.restaurantica.com/restaurants/2557/


Hoje nós fomos à universidade assistir nossa última sessão de Seminários em Sustentabilidade e nos despedimos do pessoal da Ivey School of Business.


O Iuri devolveu a chave do seu escritório e voltamos para casa, para re-organizarmos as malas e fechá-las.


Amanhã, dia 18 de janeiro, às 19h40min, estaremos decolando de London. Nossos amigos Mary-Anne e Zenon vão nos levar ao aeroporto, mas antes, querem comer uma última pizza conosco, no Alibi.


Sábado, dia 19, pelas 16h35min, deveremos estar chegando ao aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, onde encontraremos nossos familiares e amigos brasileiros.


Voltaremos a "blogar" em solo brasileiro.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Gafe na missa...

Domingo fomos à nossa missa de despedida na catedral de London. Isso a Nara já contou noutro post. Era o último final de semana do tempo de Natal. Vamos entrar no tempo comum no Brasil, mesmo.

Uma hora o padre diz para pegarmos o livro de cantos e irmos para a última página.

Dizia mais ou menos assim:

O padre diz:
Blablabla
A comunidade diz:(The community says:)
Blablabla


Depois que o padre disse a frase dele, escuto a Nara dizer em voz alta "The community says...". Aí ela parou e retomou. Mas quase dei uma gargalhada no meio da missa. Não era para ler essa parte, Nara...

Madrugadas dedicadas à ciência

Agora é a minha vez de fazer um desabafo: Desde que o Iuri começou o doutorado e, principalmente nestes últimos tempos, em que a pressão por submissão e aprovação de artigos em congressos e em revistas científicas, ele tem dedicado muitas horas de seus dias - e noites - à ciência.
Em seu post mais recente, o Iuri diz que de agora até março ainda vão haver muitas madrugadas e eu comentei com ele que, pelo menos, eu vou poder dormir na minha cama, em casa, e não nesse airbed (colchão de ar) que tem nos servido de cama desde que chegamos ao Canadá.
Aí o Iuri comentou comigo: "E não vais entrar no escritório, de madrugada, para me assustar!" - risos.
É que o Iuri, quando está trabalhando nos seus artigos, escuta música com fones de ouvido, para não atrapalhar meu sono. Aí ele também não ouve mais nada que acontece ao redor.
O problema é que eu acordo assustada porque ele ainda não veio dormir e vou até o escritório ver se está tudo bem com ele. Quando eu abro a porta e apareço na frente do Iuri, ele sempre se assusta, pensando que é um fantasma. Isso sempre é engraçado!

Another one bites the dust!

Feito!

Fiz a submissão dos dois artigos para o Academy of Management (Academia da Administração). Agora vamos cruzar os dedos e ver se são aprovados.

Esqueci de falar que ainda ontem submeti outro artigo para o IAMOT (Associação Internacional para Gestão da Tecnologia).

Minha cota para artigos em congressos internacionais esse ano está encerrada. Eu iria adorar ir ao POMS, que é específico de gestão de operações e logística, mas não sei se consigo verba para tudo.

Tem dois congressos nacionais bons na minha área que deve ser importante fazer um esforço para ir: o ENANPAD e o SIMPOI. Mas isso vai requerer um momento de superação, para "dar à luz" a mais dois artigos até o final de março!

Bom, tem muitas madrugadas daqui até o final de março...

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Tenho que agradecer à nossa amiga Jane pela ajuda na revisão do texto: Valeu, Jane!
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Um foi!

Acabo de submeter o primeiro artigo. Um foi!

Entrei agora há pouco no site do Academy of Management e ele estava funcionando, então consegui submeter o primeiro artigo.

O outro eu ainda estou revisando a formatação. Assim que estiver pronto submeto.

Não deixe para amanhã...



Hoje é a data limite para envio de artigos para o congresso do Academy of Management. Como se sabe, brasileiro deixa tudo para última hora...

Como disse em outro post, venho trabalhando pesado para fechar um artigo para mandar para lá. Segundo meu professor daqui, está "passável", considerando que é um congresso, mas ainda tem uma estrada ainda para trilhar até chegar a ser um artigo pronto para um periódico científico. Vamos trilhando...

Mas ontem eu estava conversando com a Nara. Estava exausto. Eram 11h30 e não queria fazer nenhuma bobagem. Ela disse para eu mandar logo, já que eu estava com o artigo pronto. Eu preferi ter calma, e estar com a cabeça descansada para não passar nenhum detalhe. Muitas vezes um artigo é desclassificado por besteiras, tipo deixar a identificação do autor (os artigos são blind peer-reviewed, ou seja, "autorizados" por outros pesquisadores, que não devem saber quem é o autor).

Hoje acordei e entrei direto no site do Academy of Management para submeter o artigo. Surpresa! Site fora do ar...

Ou seja, deve ter um monte de brasileiros submetendo artigos hoje, porque o site está fora do ar, sobrecarregado. Ou todo o mundo deixa tudo para a última hora e nós é que levamos a fama.

domingo, 13 de janeiro de 2008

Último domingo em London

E para celebrar o último domingo em London e agradecer por todas as coisas boas que nos aconteceram durante esse período em que estivemos no Canadá, o Iuri e eu fomos à missa na St. Peters Cathedral Basilica.

A missa foi muito bonita, como sempre, com uma cantora maravilhosa e uma organista de alto nível.
No final da missa, fomos nos despedir do vigário, Padre Jim Mockler, que nos abençoou e desejou-nos boa viagem de volta ao Brasil.
A seguir, um víddeo que fizemos pouco antes do Natal, antes da missa começar.

As coisas boas da vida

Nessa mesma viagem ao Masonville Mall, estávamos indo de ônibus, e passamos por dentro do campus principal da universidade. Lá, a Nara viu uma moça na parada e umas outras correndo para tentar alcançar o ônibus.

"Como é bom quando estás correndo para alcançar o ônibus e tem alguém na parada", disse ela, se referindo ao fato de que tens mais tempo para chegar até a porta e entrar. Mas eu ouvi isso e desatei a rir. "Está na hora de voltar para casa, mesmo! Estás começando a achar isso bom!" -- brinquei. Rimos muito dessa história.

O que essa vida de estudante durango está nos fazendo... mudando nossa percepção do que é bom! hehehe!

Situações Conhecidas

No Brasil, a gente já está acostumado com a caça às latinhas de alumínio. Todo dia de coleta de lixo seco é a mesma coisa: os caras vêm, reviram teu lixo, tiram as latas de alumínio e vão embora, às vezes deixando para trás um rastro de papéis, vidros e latas espalhados. Tudo muito bonito.

Outro dia desses vi um casal fazendo quase a mesma coisa em London. O lixo reciclável é deixado em umas caixas azuis de plástico, na véspera da coleta. Até faz sentido, porque a caixa é reutilizável, mas os saquinhos de plástico com os quais embalamos nossos lixos no Brasil não... No verão, como anoitece às 9 horas, vi esse casal passando e catando as latinhas de alumínio, e deixando o resto dentro da caixa.

Mas cena estranha aconteceu essa semana. Estava eu trabalhando em um dos meus artigos, quando ouvi um barulho de coisa revirada na rua. Eram 3h30 da madrugada de quarta para quinta-feira, e eu estava trabalhando de janeila escancarada, por causa do calor do aquecedor. Lá fora -2°C ("not cold", dizem por aqui) e eu dentro de casa torrando. O problema é que ouço tudo o que passa lá fora: a gurizada saindo do Cowboys Ranch, os carros. Essa noite eu ouvi esse barulho de coisa revirada. Coloquei a cabeça para fora da janela para ver, e estava lá ele: um catador de latas de alumínio, revirando nossa caixa de lixo reciclável. Pô, o cara no frio, a essa hora da manhã! Not Cold!

Ontem eu e a Nara fomos pela última vez no Masonville Mall, para comprar umas coisas que estavam faltando. Como sempre, compramos mais do que estava faltando. Vamos ter dificuldades de fechar as malas... Mas na volta, sentou um cara do meu lado. Era um daqueles bancos atravessados no ônibus, que cabem quatro pessoas. Estávamos eu, a Nara e mais uma moça na ponta do banco. A vaga do meu lado estava vazia, até que ele sentou. Não prestei atenção nele, até a hora que eu senti ele me cutucando. Na verdade, ele estava tentando tirar um tocador de CDs (lembram?) do bolso do casaco, e ele havia trancado. Os cutucos eram ele fazendo força para tirar o aparelho. Ele tirou e começou a manusear o aparelho, e notei as mãos dele. Ele tinha umas unhas compridas e sujas, e isso me chamou a atenção. Comecei a olhar em volta e vi que havia mais gente olhando para ele. O cara não fedia nem nada, mas usava um casaco de couro e uma outra jaqueta azul, suja, por cima. Uma hora ele tirou um saco plástico do bolso com outro CD, trocou o CD do Skid Row que ele estava ouvindo por um outro também de "rock pauleira", como diria minha vó. Dali a pouco, ele cruzou a perna, tirou um maço de notas da meia e começou a contar a féria. Daí caíram minhas fichas: ele era um mendigo, pedinte. Estava com uma nota de 10 e mais umas quantas de 5 (o dia tinha sido bom!). Depois, quando saiu a moça da ponta do banco, ele foi para lá e tirou as moedas do bolso. Várias moedas de toonies (2 dólares). Acho que ele estava tentando impressionar a loira do banco da frente, com sua fortuna... hehehe.

De qualquer forma, com essas coisas, vamos nos despedindo do Canadá e começando a encontrar coisas nossas velhas conhecidas do Brasil...

O Rancho dos Cowboys

Bem perto da nossa casa tem um bar e danceteria chamado: Cowboys Ranch e, desde que chegamos a London, eu tenho falado para o Iuri da minha vontade de conhecer o lugar.

A foto ao lado foi tirada da área da frente do nosso prédio e mostra o quanto é perto o Rancho dos Cowboys.

Todas as quintas, sextas e sábados, o lugar fica cheio de gente que veste calças jeans, camisas xadrez, chapéu de vaqueiro ou vaqueira e botas de bico fino e solado de couro para deslizar na pista de dança.

Ontem à noite, tivemos a oportunidade de irmos ao Rancho dos
Cowboys, junto com um autêntico cowboy norte americano: nosso
amigo Eddy - fazendeiro de London - e a sua esposa Zulma, nossa querida amiga brasileira.




Chegamos cedo e pudemos ver uma aula de dança country, cujos alunos eram pessoas de todas as idades. Essas aulas acontecem todas as quintas e sextas-feiras, das 20 às 22 horas, e são de graça.
Depois das 22 horas, começam a chegar os jovens que vêm para se divertir: bebendo, dançando e namorando.
Claro que nós aproveitamos para dançar um pouquinho para matar a saudade dos nossos bailes taquarenses. (Mas dançamos do jeito que sabemos dançar - afinal, com mais gente na pista, quem é que observa que a gente não sabe dançar country music?)

Abaixo, o vídeo de uma aula de dança do Cowboys Ranch.


sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Veranico de janeiro




Depois de termos relatado toda aquela neve que caiu durante meados de novembro até o final de dezembro, parece que o tempo resolveu nos dar uma trégua.

Durante esses primeiros dias de janeiro tivemos algumas chuvas, vento e até um solzinho de vez em quando, e a temperatura variou entre -16 e 8 graus Celsius. As chuvas e vento provocaram o derretimento da neve, que encheu o rio Tâmisa.




Sobraram alguns montes de neve que haviam sido formados pelas máquinas que limpam os estacionamentos e as ruas. Esses montes de neve se misturam com a terra deixando um aspecto lamacento como pode-se ver na foto à esquerda e no vídeo abaixo.




A previsão do tempo para os próximos dias, entretanto, mostra períodos de fraca incidência de neve, variando a períodos de nublado com um pouco de sol e as temperaturas deverão ficar entre 2 e -10. A temperatura de -10 está prevista para sexta-feira, dia 18, quando estaremos embarcando de volta para o verão brasileiro.

O Fim da Comida Barata

O gráfico aí do lado é da revista The Economist (www.economist.com). Ele mostra o aumento do preço do alimento no mercado mundial. Depois que terminou o evento de mudanças climáticas, um professor que estava na platéia se aproximou de mim e disse que minha pergunta era o tema de um artigo nessa revista.

Segundo esse artigo, o aumento da demanda de grãos, causada entre outras coisas pelo novo uso para biocombustíveis, compete com o uso desses grãos para uso alimentar, aumentando o seu preço.

Ou seja, esse negócio de que biocombustível (biodiesel, álcool, etc.) só tem vantagens não é bem assim.

Quem quiser ler a entrevista na íntegra, aqui vão os endereços:

http://www.economist.com/opinion/displaystory.cfm?story_id=10250420

http://www.economist.com/opinion/displaystory.cfm?story_id=10252015&CFID=3975314&CFTOKEN=994710bb9000b90c-6B01A19B-B27C-BB00-012B409B7A664A11

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Seminário de Mudanças Climáticas

Hoje participei do seminário sobre mudanças climáticas na University of Western Ontario.

Esse seminário foi uma promoção conjunta da administração e da engenharia ambiental da Western. A Tima Bansal, que é a diretora do Centro de Sustentabilidade da Ivey Business School, e o Robert Bailey, que é o diretor do Instituto de Pesquisa Ambiental na Western, têm uma boa interação, e as duas unidades da Western colaboram bastante entre si (coisa rara em universidades, como se sabe...).

Como foi a dinâmica da coisa. Começava às 11h da manhã (preciso dizer que começou no horário?), mas já havia café, cookies, sanduíches, suco e água para quem quisesse fazer um lanche um pouquinho antes. Depois de falarem, o Rob e a Tima, por 10 minutos, o moderador apresentou o primeiro palestrante. Cada um falou por exatos 10 minutos. Meio-dia, tivemos um intervalo de 5 minutos para pegar um sanduíche e um café (dentro da sala) e voltarmos para uma plenária de discussão, com perguntas e respostas. A foto no início do post mostra o momento da plenária.
O nome do primeiro palestrante é Gordon Southam. Ele é pesquisador em geomicrobiologia (vixi!), que parece uma cruza de geologia com biologia. Ele e o aluno de doutorado dele estão pesquisando bactérias que possam "seqüestrar" o gás carbônico da atmosfera, reduzindo assim o efeito estufa. A idéia é fantástica, porque nos libera para ter nosso carrinho e andar de avião sem ter tanta culpa... hehehe!

Depois, falou o Franco Berruti. Ele era o diretor da escola de engenharia da Western e agora é o diretor do recém-criado centro de biocombustíveis. Ele mostrou que a produção de etanol a partir de milho é tão ineficiente que apenas 15% da biomassa é transformada em combustível -- 85% é resíduo! Então eles estão pesquisando um processo de pirólise que possa ser aplicado em usinas estáticas e em unidades móveis, para tratar o resíduo agrícola na própria fazenda. Eu achei isso uma idéia ótima, pois além de transformar o resíduo em combustível, evita a poluição de ter que transportar todo esse resíduo para uma usina de processamento. Só para ter uma idéia da dimensão do que estamos falando, vou apresentar uns dados da palestra dele. O mundo consome de energia 440 Exajoules por ano (440x1018 Joules, uma medida de energia - se você ainda não entendeu o que são Exajoules, presta só atenção nos números). Desses 440 EJ/ano, 100 EJ/ano são consumidos pelos Estados Unidos. Das diversas fontes alternativas de energia, só o resíduo da agricultura, que hoje só serve para poluir, tem condições de gerar 100 EJ/ano! Ou seja, com o que tocamos fora hoje na agricultura, teríamos condições de abastecer os Estados Unidos inteiros (ou 1/3 da necessidade energética do resto do mundo) de energia, não por um ano, mas indefinidamente!

Depois falou o Gordon McBean, que é um professor de física aposentado. A área dele era climatologia, estudos atmosféricos, algo assim. Hoje ele tem um assento no IPCC (painel interministerial de mudanças climáticas), um dos grandes organismos a tratar do assunto do clima do ponto de vista de regulamentação, pesquisas, etc. E é o diretor de estudos de políticas, do "Instituto para a Redução de Perdas Catastróficas" (vixi!). Os dados deles são impressionantes. Não consegui anotar quando, mas existem estimativas de que em alguns anos, London (Ontario) pode ter até 60 dias/ano de temperaturas altas (>30°C)

Depois falou a Dianne Cunningham. Ela é a diretora do centro nacional Lawrence para gestão e políticas públicas, que fica na Ivey. Ela falou sobre o esforço para influenciar as políticas públicas, em qualquer esfera, e chamá-los para o debate de temas importantes, e tecnicamente complexos, como a sustentabilidade, e dos esforços que seu centro vem fazendo para isso.

Finalmente, um professor de ciências políticas da Western, Radoslav Dimitrov, trouxe um relato sobre a Conferência sobre Mudanças Climáticas da ONU, que ocorreu em Bali (dezembro de 2007), à qual ele esteve presente. Essa conferência de Bali está discutindo a política internacional para a questão do clima, pois o protocolo de Quioto vence em 2012, e a ONU pretende ter um acordo/tratado internacional (ainda não se sabe bem o formato final) que substitua. O protocolo de Quioto é o atual tratado internacional que fixa metas para a redução da emissão de gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.

Para variar, eu tinha que fazer duas perguntas, na sessão de perguntas e respostas: a opinião deles sobre o uso da terra para produção de biocombustíveis x alimentos x florestas, e sobre o impacto do milho no solo, uma vez que os preços do milho não param de subir e corremos o risco dos produtores começarem a plantar milho uma safra atrás da outra, acabando com os nutrientes do solo. O professor Berruti concordou que a produção de milho terá que ser intercalada com outras culturas. Segundo ele, deverá haver regulamentação pública para isso, pois se ficar por conta dos agricultores e da indústria de biocombustíveis, as safras de milho se sucederão infinitamente.

Para terminar, deixo aqui uma frase do professor Dimitrov, que gostei muito. Alguém da platéia perguntou se não havia um vácuo de liderança nessa questão da mudança climática (aliás, o governo canadense está fazendo umas coisas meio feias nessa área... posso elaborar melhor isso depois). A essa dúvida, o professor respondeu: "Mudança climática é um assunto muito importante para ser deixado para os governos. Nós temos que fazer alguma coisa. Nem que seja andar menos de carro!"

Taí. Não dá para ficar esperando...

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Dá-lhe INTER!!!

Peço desculpas ao Iuri e a todos os outros gremistas, meus amigos, mas eu precisava fazer essa homenagem ao TIMÃO, afinal de contas, ele, o Internacional de Porto Alegre, conquistou o campeonato de Dubai, nos Emirados Árabes.


Parabéns a todos nós, da família colorada!






segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Preparando para a viagem

Enquanto o Iuri passa horas - quase todas as suas horas - debruçado sobre seus artigos e brigando com o Word 2007, eu comecei hoje a "bagunçar" a casa.
Empurra móveis para um lado e TV para o outro e, lá estão as duas primeiras malas abertas - embora ainda vazias - no chão da sala.






No sofá, algumas roupinhas de inverno - as últimas a serem empacotadas - aguardam lugar no "closet" que está cheio de camisetas e shorts - esses sim, serão os primeiros a entrarem nas malas.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Despedida das Brasileiras de London



Ontem foi a vez de me despedir das brasileiras que vivem aqui em London. Um grupo do qual eu comecei a fazer parte em maio de 2007 e do qual estou sendo "exonerada" agora. Vou ficar na lista de ex-moradoras de London - faz parte das regras do grupo.

Fomos ao Symposium Cafe Bar, um lugar muito elegante e animado, que tem no centro de London (bem pertinho aqui de casa).

http://www.symposiumcafe.com/Artwork/Locations/page14.html




Tínhamos marcado o encontro a partir das 19 horas e a Cláudia (a gaúcha de Novo Hamburgo) me apanhou em casa às 18h30min. Ficamos algum tempo, nós duas, falando em "gauchês" no bar. A Cláudia é a mãe da linda menininha que fez aquele boneco de neve que eu mostrei num outro post.


Foi muito divertido, apesar de somente 5 mulheres do grupo terem comparecido (além de mim, é claro). O problema é que o encontro de despedida foi programado no dia anterior, então muitas delas já tinham compromissos familiares.

Na foto à direita: Cláudia, Rozane, Nadia, Cris, Nara e Lourdes.

Devagar se vai ao longe

Acabei comprando o Office 2007. A UWO tem um acordo com a Microsoft em que eles vendem uma licença para alunos por cento e poucos dólares. Tinha medo de colocar minha tese nas mãos de um editor gratuito, como o OpenOffice. Vai que dá um problema: reclamar para quem? Além disso, eu estava recebendo arquivos em formato docx, que só o Word 2007 lê, e estava chato ter que converter, etc.

Eu sempre salvo meus arquivos no formato antigo, para poder trocar arquivos com as pessoas normais. E não forçar ninguém a comprar essa ... versão nova do Word. O formato antigo é reconhecido pelas versões anteriores do Word e quase todos os outros editores (WordPerfect, OpenOffice...), então consigo trocar arquivos sem problemas.

Bom, mas o Word 2007 é horrível para se trabalhar. Ele não tem absolutamente nada igual às versões anteriores. A não ser que a pessoa tenha memorizado todos os atalhos de teclado das versões anteriores (o que não é meu caso), tem que ficar meia hora procurando na tela como é que faz mesmo aquela coisa que ficava no menu "Inserir" do Word velho... E às vezes, com isso, se vai a linha de raciocínio que eu estava tentando desenvolver. Realmente, eu prefiria agora investir meu tempo em algo útil para o doutorado, ao invés de re-aprender a usar o editor de texto.

Mas o pior aconteceu hoje. Ontem eu abri um arquivo do Word para edição. É um artigo que está "em cima do laço" para o prazo final de submissão para um congresso. Fiquei até tarde ontem editando o arquivo. Hoje fui abrir... nenhuma das alterações que eu fiz ontem estavam lá! Procurei pelo computador todo, mandei buscar todos os arquivos alterados desde de 1 de janeiro... Nada! Sumiu. Não me pergunte o que foi. Eu tenho certeza de ter saído salvando. Aliás, eu salvo os meus trabalhos com freqüência. Não sei o que pode ter acontecido. Reclamar para quem?

Hoje passei o dia refazendo o trabalho de ontem. Legal, né? Parece aquele jogo, "devagar se vai ao longe". Versão doutorado: atira o dado, avança 3 casas, lê as instruções: "Seu editor de texto deu problema: volte 3 casas".

Enfim, vamos em frente! Tem coisas piores.

Minha resolução para 2008 era terminar a tese ainda esse ano. Eu não queria ter muitas outras, para não desfocar. Mas acho que incluir na minha lista para 2008 me livrar do Word ainda esse ano não está fora de cogitação.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Despedida das pequenas do Big Sisters of London

No final de outubro, a Cathy - diretora do Big Sisters of London - me convidou para um almoço e fomos a um restaurante grego.

Durante o almoço, fizemos uma rápida retrospectiva do período em que eu atuei, como voluntária, na organização que ela dirige. Fizemos uma avaliação do summer camp 2007 - programa de verão, que foi um programa intensivo durante os meses de julho e agosto. Eu sugeri à Cathy que fizéssemos um encontro com as meninas que tinham participado do programa de verão, para mostrar-lhes as fotos e vídeos, além de fazer um a avaliação e pedir sugestões para o summer camp 2008.
A Cathy gostou da idéia e sugeriu que fizéssemos uma confraternização na época de Natal e Ano Novo - período em que as meninas estariam em recesso escolar de inverno - e marcamos para o dia 2 de janeiro.

Das 20 garotas que participaram do programa de verão 2007, vieram 9 e nos divertimos bastante.
Elas escreveram suas sugestões de atividades e comidas preferidas para o próximo programa de verão. Foi muito engraçado, porque apareceram algumas sugestões de: junk food - comida não saudável, ou "bobagem", como nós costumamos dizer no Brasil. :)
Foi muito emocionante me despedir das meninas, e delas, eu também vou sentir saudades...
Uma das meninas, a Shanon Jackie, disse que quer cuidar de crianças pequenas, quando ela crescer e aproveitou para fazer seu showzinho. Clique na seta preta no vídeo abaixo para ver o show da Shanon.
Mais fotos e vídeos podem ser vistos no endereço:
http://picasaweb.google.com/naram.muller/DespedidaDasPequenasDoBigSistersOfLondon

Um post rápido sobre a cuca rápida

Ontem à tardinha o Iuri estava conversando com nossa amiga Jane, lá de Texas, através do skype, e ela contou que tinha feito uma cuca para esperar uns amigos.
Como a irmã do Iuri está morando na Austrália e disse para ele que tinha tentado fazer uma cuca que não deu certo, ele pediu para a Jane mandar a receita para colocarmos no nosso blog.
Aí a Jane respondeu: "Mas a receita da cuca que eu fiz, eu tirei do blog de vocês! É a receita da Nara".
Isso foi muito engraçado... Acredito que o Iuri está precisando de umas férias - risos.

Nosso ano novo no Canadá

Depois daquele alerta de neve que vimos na previsão do tempo no dia 31 de dezembro, nos preparamos muito bem, com casacões, toucas, luvas e botas forradas com pelos, para curtirmos as celebrações de ano novo.
O Zenon nos apanhou em casa às 18 horas para comermos pizza na casa dele e de Mary-Anne. Embora não fosse a pizza Mundo Novo, da Di Napole, de Taquara, podemos dizer que era muito saborosa. Depois disso, iríamos com nossos amigos para a casa de Steve e Larissa, um dos casais que conhecemos logo que chegamos aqui em London.
Como era cedo, ainda faltavam 6 horas para a meia noite, e a pizza estava gostosa, o Iuri e eu comemos bastante, bebemos um vinho que o próprio Zenon produziu em 1996 (igual ao vinho do Porto).
Depois da janta, fomos à casa de Steve e Larissa e lá fomos recebidos calorosamente pelo casal que logo nos ofereceu um drink à base de cerejas e vodca - uma delícia!!!
Para nossa surpresa - minha e do Iuri - ainda teríamos mais um jantar pela frente. Comida maravilhosa: bolinhos de carne de peru, camarão, batatas assadas, uvas, bolinhos de peixe e nem sei mais quanta coisa... Difícil foi arranjar espaço no estômago, mas como o olho sempre é maior que a barriga, conseguimos ingerir algumas daquelas delícias - risos.
Depois vieram as trufinhas de chocolate e menta e o sorvete de limão com cobertura de geléia de morangos. Prá matar!!!
Para baixar as calorias ingeridas, decidimos deixar o carro (van do Steve) no estacionamento da nossa casa, que fica bem pertinho do centro, onde iríamos assistir aos festejos da meia noite. Fomos a pé até o Victoria Park.
Caminhando na neve que já começava a virar gelo e, portanto, estava muito lisa em certos lugares, fomos felizes com toda aquela roupa quente.
No caminho o Steve perguntou se tínhamos alguma música que costumávamos cantar no ano novo, então o Iuri e eu cantamos "Adeus ano velho, feliz ano novo..." Não consigo descrever a felicidade que ambos sentíamos por podermos caminhar na rua na noite de ano novo canadense, mesmo com a neve no chão. Até então, nem sinal da nevasca que a previsão do tempo anunciara.
No parque, uma multidão aguardava o festival de fogos de artifício da meia noite, assistindo a um bonito show de uma banda de rock canadense.
Na pista de patinação, muitas crianças e adultos se divertiam praticando esse esporte. É lindo de ver como as pessoas aqui no Canadá, aproveitam todas as oportunidades que as quatro estações do ano lhes oferecem. Ninguém iberna (talvez os ursos, mas estão um pouco mais ao norte - hehe).



Tivemos momentos emocionantes, como a contagem regressiva para a virada do ano e os balões sendo soltos no alto do palco (vídeo acima), os fogos de artifício, e os abraços dos nossos amigos canadenses, dos quais sentiremos muita saudade logo, logo.
Quando voltávamos para casa, logo depois do show de fogos de artifício, uma nevezinha suave começou a cair sobre nós e, quando chegamos em casa, ela já estava bem mais intensa - Linda, linda experiência!

Algumas observações importantes a respeito das celebrações de ano novo aqui no Canadá:
1 - Não se come lentilha.
2 - Não se pula 7 ondinhas no mar, por razões óbvias.
3 - Não se usa qualquer cor específica de roupa, nem fitinhas vermelhas no pulso, nem se bebe champanha.
4 - Os fogos de artifício só podem ser manipulados por pessoas credenciadas pelo governo, e, ainda assim, têm lugares específicos e adequados de onde podem ser lançados. Isso faz com que o espetáculo não seja tão glamoroso quanto no Brasil, mas, por outro lado, é muitíssimo mais seguro para todo mundo.

Mais fotos e vídeos do que vimos, podem ser vistos clicando no endereço abaixo:

http://picasaweb.google.com/naram.muller/AnoNovo


E para encerrar este post, fica aqui o nosso "Feliz Ano Novo":