31 de dezembro: FELIZ 2018!
Domingo, 31 de dezembro, nós saímos com a nave que tínhamos
alugado na sexta-feira. Fomos à missa na Catedral St. Peter, agradecer por
todas as graças recebidas em 2017 e pedir mais paz, solidariedade e honestidade
para o mundo em 2018.
Tinha nevado muito no dia 30, como eu já falei no post
anterior e a neve continuou durante a noite. Nem preciso dizer que o Iuri levou
um tempinho para retirar a neve de cima do carro, especialmente dos vidros e
faróis.
Ao sairmos da missa, eu pedi para o Iuri passar na frente do
Kings University College porque eu ainda não conhecia.
No caminho, passamos pela casa que, em 2007 era um Bed &
Breakfast da sra. Halina Koch, onde passamos nossa primeira noite no Canadá.
Nessa primeira foto se vê a casa - à direita, nosso primeiro Bed&Breakfast há 10 anos. Mais ou menos, onde está vindo aquele carro, o motorista de táxi nos deixou com nossas malas e bagagens atiradas no meio da neve.
A casa está para alugar.
Aproveitamos para fotografar outras casas na mesma rua
Epworth Av. para mostrar os estalactites formados pela neve congelada e também
para mostrar como ficam as mesas e bancos de rua durante o inverno.
Depois nós fomos ao Masonville Mall. Entramos na loja JYSK, uma
das minhas preferidas quando se trata de utilidades domésticas. É uma tentação
de loja! Mas não foi neste domingo, só compramos uma esponja de lavar louça
igual à que tínhamos comprado há 6 meses, quando chegamos em London.
Quando chegamos, as ofertas maravilhosas eram tentações
irresistíveis, para nós. Mas, neste momento da nossa estada em London, já não
podemos comprar tantas coisas – porque não poderemos levar junto ao Brasil,
quando retornarmos. É engraçado e meio triste, até.
Compramos uns chinelinhos quentes para usarmos dentro de casa
e um par de luvas dessas que tem umas bolinhas emborrachadas nas palmas das mãos,
para aderirem à direção do carro.
A essa altura já eram 14 horas, ou 14h30min e entramos no
Shopping para almoçar.
Comemos um poutine e voltamos para casa. A temperatura na rua
estava -14ºC e já estava recomeçando a nevar bem de levezinho.
Ao chegarmos em casa, o Iuri, que já estava de pé desde às 5
horas da manhã e trabalhara até a hora da missa, foi tirar uma soneca. Fechou a
porta do quarto e dormiu umas três horas, mais ou menos.
Enquanto ele dormia, eu fiquei na cozinha preparando a
lentilha e os bolinhos de batata para nossa janta.
Cebolas
Tínhamos comprado um pacote de cebolas, não sei quantos
quilos, mas eram umas 10 cebolas grandes, quando fomos ao Costco na sexta-feira.
Quando a gente prepara qualquer coisa com cebolas, a casa
fica com aquele cheiro por alguns dias, porque é tudo fechado em função do frio
da rua.
Então, eu prefiro descasca-las e fritá-las todas ao mesmo
tempo. Assim, o cheiro na casa acontece de uma só vez.
Depois de prontas e frias, eu congelo as cebolas em porções
para utilizar em diversos pratos, nos próximos dias.
Lentilha e bolinhos de
batatas
Cebolas fritas, aproveitei uma parte para acrescentar à
lentilha que eu estava preparando para a janta. Afinal, o que seria de um ano
novo, sem lentilhas, não é mesmo? Vamos cultivar a nossa tradição.
É a mesma panela em que fritei a cebola
Enquanto a lentilha cozinhava e o Iuri dormia, eu descasquei
algumas batatas e as ralei. Também ralei meia cenoura e misturei com as batatas.
Acrescentei 2 ovos inteiros, um pouco de sal e pimenta do reino e, finalmente,
a farinha de trigo.
Às 18 horas eu acordei o Iuri e fritei os bolinhos. Em torno
de 19 horas, estávamos jantando.
Não bebemos champanhe porque o Iuri teria que dirigir até o
centro para assistirmos aos fogos de artifício. Combinamos que beberíamos na
volta para casa.
Fogos de artifício no
Victoria Park
Nós sabíamos que algumas cidades canadenses tinham suspendido
as apresentações e queima de fogos de artifício por causa do frio sem
precedentes neste período do ano.
Então, o Iuri verificou se haveria comemoração no Victoria
Park e, para nossa felicidade, a resposta foi sim.
Melhor ainda, haveriam duas sessões de queima de fogos de
artifício, uma às 21 horas e outra à meia-noite.
Então, como aqui em London, 21 horas é equivalente à
meia-noite no Brasil, decidimos comemorar neste horário. Além do que, não
precisaríamos esperar até meia-noite para irmos ao centro da cidade.
Lá pelas 20h30min, saímos de casa, em direção ao centro.
Conseguimos um estacionamento a 5 dólares, bem pertinho do Victoria Park,
deixamos o carro lá e caminhamos até o local do evento.
Logo na entrada, o Iuri tirou umas fotos do parque, ainda com
os pinheiros enfeitados para o Natal e Ano Novo.
Vimos umas esculturas de gelo e tiramos algumas fotos.
Esse aí é um jogo da velha. Algumas pessoas estavam jogando e tirando fotos
Canhão do Victoria Park
Haviam dois palcos com bandas tocando e o parque estava cheio
de adultos e crianças, brincando na neve.
Estava muito frio e vimos que já havia uma contagem regressiva
para a primeira sessão de fogos de artifício. Faltavam 9 minutos.
O Iuri decidiu parar na fila para comprar um chocolate quente
e eu encontrei minha amiga Simone Dovalli. Coincidência, no meio de tanta
gente.
Quando faltava 15 segundos para às 21 horas, o pessoal da
banda no palco chamou o povo para a contagem regressiva, a partir do 10.
Para mim, foi muito emocionante acompanhar a virada do ano no
mesmo horário do Brasil. Os fogos de artifício são bonitos, mas não tem
comparação com o que se vê no Brasil nessa mesma data.
Como eu já falei, aqui no Canadá, só quem é licenciado pode
queimar fogos de artifício e há locais e horários agendados para isso.
Resolvemos caminhar um pouco pelo parque, antes de irmos
embora e ficamos impressionados com esse povo canadense. Não importa o frio, a
neve, eles estão preparados para tudo isso. As crianças trocam suas botas por
patins e vão patinar no gelo.
Outros subiam morros formados por neve acumulada, como
se estivessem escalando o Everest.
Eu fico impressionada e admiro muito essa coragem, tanto dos
pais, quanto das crianças.
Meu nariz estava congelado e, em alguns momentos, eu puxava
meu cachecol para cobri-lo, até esquentar um pouquinho. Daí meus óculos
embaçavam e eu não conseguia enxergar direito. Mesmo com as luvas, as pontas
dos meus dedos estavam congelados e doíam. Eu não estava com as minhas super
luvas para neve...
O Iuri resolveu fazer um vídeo e me pegou meio de surpresa,
mas vamos lá, ficou bom.
Home, warm home - Lar, quente lar...
Desde a hora em que desembarcamos do carro, no
estacionamento, até entrarmos nele de novo, devem ter se passado uns 40
minutos. E mesmo com bastante roupa, estávamos com muito frio.
Ao chegarmos em casa, eu ofereci champanhe para o Iuri, mas,
ambos decidimos que não iríamos beber porque estava gelado demais!!!
Descongelamos um pouco e fomos dormir lá pelas 23 horas. Eu
não sei do Iuri, mas eu não escutei os fogos da meia-noite. Para mim, a
meia-noite foi mesmo às 21 horas – risos.
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