sexta-feira, 6 de julho de 2007

Comitê de Ética em Pesquisa

Quinta-feira última, encaminhamos o formulário de autorização de nossa pesquisa junto ao Comitê de Ética da Ivey Business School. Não parece muito, mas eu aguardava ansiosamente por isso.

Deixa eu explicar: para fazer qualquer tipo de pesquisa aqui na University of Western Ontario, o vivente tem que submeter seu projeto ao comitê de ética. Na verdade, não o projeto todo, mas um formulário com as principais informações da pesquisa, com suas possíveis implicações éticas. Não chega a ser o caso de nossa pesquisa, mas como têm cursos na área da saúde, pode ter que haver que testar medicamentos, fazer experiências envolvendo animais ou humanos, assim por diante.

Aliás, isso me lembrou uma piada que ouvi antes de vir para cá. Dizem que os cientistas agora vão parar de fazer experiências com ratos brancos em laboratórios e vão passar a usar advogados. Com várias vantagens: os advogados fazem coisas que nem os ratos se atrevem a fazer, e não se corre o risco dos cientistas se afeiçoarem às suas cobaias, como pode ocorrer no caso dos ratos. Isso, obviamente, é uma piada norte-americana. Nossos advogados no Brasil são bem legais...

Claro que nossa pesquisa não tem nada de tão sensível assim, mas o procedimento é padrão. E está certo. Imagina que baita brecha para o azar se a universidade deixa o pesquisador decidir se manda ou não para o comitê de ética. Pode ser que ele não se dê conta, mas tenha alguma coisa que o comitê ache que pode prejudicar alguém.

Entretanto, para mandar para o comitê, além do formulário tem que se incluir também uma cópia do instrumento de pesquisa. No nosso caso, o questionário e a folha de rosto (carta-convite). E essa era a razão pela qual eu aguardava tão ansiosamente para entrar com a tal papelada. Significa que o professor com quem estou trabalhando aqui considera que o questionário está (quase) pronto para ser enviado às empresas! Sinto-me mais perto dos dados, e com eles, das análises, e com elas, da tese pronta, entregue e defendida!!!

Então, a boa notícia é essa: andou mais um pouco.

Próximos passos: 1) fazer um pré-teste, ou seja, arrumar uns gerentes "camaradas" que se disponham a responder o questionário e dar palpite, tipo "que quer dizer isso?", e com isso garantir que não vamos perder (muitos) dados por erros de formulação da pergunta. 2) Ligar para as 600 empresas canadenses da amostra para garantir que o endereço está certo, etc.

2 comentários:

Marcia Diehl disse...

600 empresas?? nooosssaaa....

Paulo disse...

Grande Iuri
Fé em Deus e em ti de que vais conseguir!
Forte abraço!
Paulo Ricardo