sexta-feira, 28 de setembro de 2007

CARMA, uma boa idéia

A palavra "carma", em português, pode ter vários significados. Eu tentei localizar no dicionário online da língua portuguesa, para não pensarem que derivo toda minha sabedoria da Wikipedia, mas realmente não consegui. Então, na Wikipédia em português, carma, ou karma, é definido assim:

"Na visão espírita cada ser humano é um espírito imortal encarnado que herda o karma bom ou mau de suas encarnações anteriores."
Carma, também, pode significar o modo caipira, principalmente caipira mineiro, de tratar com os apressadinhos: "Carma, sô!".

No meu caso, aqui no Canadá, CARMA significa Center for the Advancement of Research Methods and Analysis (Centro para o Avanço dos Métodos de Pesquisa e Análise). É uma iniciativa bacaninha de um professor da escola de administração da Virginia Commonwealth University, nos Estados Unidos. Funciona assim: eles chamam para o campus dessa universidade um professor que é especialista em um tópico de pesquisa. Esse professor prepara uma apresentação de 60 minutos sobre um tópico bem específico e um jogo de slides em Powerpoint. Os slides são disponibilizados previamente, e essa apresentação é propagada em tempo real ("ao vivo"), via internet, para todas as universidades que "assinam" o serviço. Os alunos assistem em uma sala de aula, auditório, ou em seus próprios computadores. Enquanto assistem, podem mandar suas perguntas para o especialista por email. Ao final, se o moderador gostar da pergunta, o especialista responde.

Depois de passada a apresentação (bastante tempo depois), tanto o vídeo quanto os slides são disponibilizados na biblioteca virtual do CARMA, no site deles, para as universidades participantes. Duas unidades da Western "racham" o custo da inscrição nesse serviço: o departamento de Psicologia e a escola de Adminstração Ivey, à qual estou vinculado. Por esse vínculo, tenho acesso a esse material. Já assisti a alguns vídeos e materiais, e são todos muito bons. Mas assistir sozinho, tenho que confessar, é bastante chato. Talvez, apesar de tímido, eu seja muito social para os padrões canadenses, ou como dizia Vygotsky, o aprendizado é um fenômeno social, e se aprende na relação com o professor e os colegas, o que um vídeo muitas vezes não permite.

Aí veio uma idéia, também bacana, de um aluno do doutorado da Ivey. Ele entrou em contato com o pessoal do CARMA, que disponibilizou os vídeos para ele antes de serem colocados na biblioteca, e ele está montando sessões "ao morto", e convidando outros alunos para assistirem. Ele envia os slides para nós por email, vai quem quer, ele passa o vídeo do professor e no final, fazemos um debate sobre a "aula". Segundo esse aluno, a transmissão ao vivo tranca, dá problemas, e se ganha pouco em relação a essa modalidade, apenas a possibilidade de entrar no sorteio das perguntas que serão respondidas.

A primeira sessão em que participei foi nessa quarta-feira. Em outro post, descrevo mais carmamente como foi.

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