Temas globais
Estou matriculada no curso: "Temas Globais", da Universidade de Western Ontário. Faz parte da lista de cursos de educação continuada oferecidos pela universidade. Serão 8 aulas, sempre às terças-feiras, das 19 às 21 horas durante os meses de setembro e outubro.
Com o título "Temas Globais", o curso iniciou ontem, 11 de setembro, com o tópico: Direitos Humanos. Para tratar desse tópico, o professor Rich Hitchens escolheu falar sobre o caso "Darfur", no Sudão, onde os "sobreviventes" da chacina promovida pelo governo sudanês vivem em campos de refúgio, em condições sub-humanas. Mais detalhes no site do professor Eric Reeves: http://www.sudanreeves.org/
No início da aula, o professor Rich pediu que cada um de nós se apresentasse ao grupo e contasse quais as motivações que nos levaram a fazer o curso. Fiquei impressionada com a falta de conhecimento sobre o mundo que têm os meus colegas canadenses e, segundo o professor Hitchens, os norte-americanos em geral. Meus colegas de curso, 8 mulheres e 1 homem, a maioria aposentados, estavam ali porque ouvem falar de problemas que afetam o mundo, mas não conseguem entendê-los. Muitos nem sabem onde a maior parte dos países se localiza no mapa, nem tampouco quais as causas de tanta discórdia entre os povos.
O professor explicou que o Canadá vem recebendo, em anos recentes, grandes contingentes de pessoas de diferentes etnias, principalmente chineses, indianos e árabes. Dessa maneira, é preciso que os canadenses comecem a conhecer o mundo, porque sua população está se tornando multi-étnica.
Quando eu me apresentei o professor Rich perguntou quantos idiomas eu falo: dois. Depois, repetiu a mesma pergunta a cada um dos colegas e nenhum deles conhece mais do que uma língua: a inglesa. Então ele disse que eu, como os outros povos, me diferencio dos norte-americanos por falar mais de uma língua. "Seu inglês, por exemplo, é muito melhor que o francês de qualquer um de nós aqui." - disse. O Canadá é um país bilíngue, inglês e francês são as línguas oficiais, mas a grande maioria de seus habitantes não.
Eu não conhecia muito bem a história do Sudão, mas lembro de ter acompanhado algumas notícias sobre a chacina de Darfur, assim como as outras guerras entre "irmãos" que acontecem no mundo. Parece que nós, habitantes de países, digamos assim, menos desenvolvidos, estamos mais preparados para enfrentar as mudanças que o mundo começa a nos impor.
Essa é a minha impressão...
2 comentários:
Muito interessante vc ter comentado que os canadenses não sabem mais de 1 idioma. Aqui, praticamente para nós é uma obrigatoriedade para nos diferenciarmos no mercado de trabalho, e mesmo sabendo mais de 1 idioma, isto não é nada valorizado aqui.......Realmente é uma pena, só nos restar migrar.........
Taís de Porto Alegre em processo de imigração para Canada.
Olá Iuri! é que a gente desde pequeno tem uma formação muito boa, apesar dos pesares e dos baixos salários dos Professores. Essas coisas a gente só nota quando "bota o pé para fora do Brasil". Minha sobrinha sempre estudou em Colégio Público e no interior do Estado, quando foi morar na Espanha dois anos e meio, pulou 1 ano a mais do que estava no Brasil e tirava as melhores notas da Turma, isso sem falar que sabia todos os Oceanos do Planeta e localizar muitos Países. Somos considerados atrasados mais por nós mesmos, graças a uma baixa auto-estima, que no meu entender se deve a qualidade de nossos dirigentes políticos, do que pela qualidade da nossa gente.
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