segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Meus negócios em London – Ontário



Desde que chegamos em London, eu venho tentando me colocar no mercado de trabalho, seja através de um contrato com alguma organização, seja, tentando abrir a minha própria empresa.

Como eu tenho visto de trabalho, ainda em julho eu fui ao Public Building e renovei meu número de registro de trabalhador, que eu já tinha em 2007. Aqui se chama SIN = Social Insurance Number e corresponde ao nosso PIS brasileiro.

Mas as ofertas de emprego para estrangeiros - residentes temporários - são meio que restritas a trabalhar como garçonete, vendedora e coisas desse tipo.

Aí eu conversei com alguns canadenses sobre a possibilidade de abrir a minha própria empresa de consultoria e coaching empresarial.

Me informei sobre as taxas que teria que pagar e me disseram que, depois de abrir a pequena empresa, eu só pagaria um percentual sobre as minhas receitas.

Small Business of London

No dia 02 de outubro, uma segunda-feira, peguei o ônibus número 11 – há duas quadras daqui de casa e fui direto à Central de pequenos negócios de London. 


Conversei com uma atendente e ela me explicou que, por eu ter o visto de trabalho e ser residente temporária, eu só poderia trabalhar se fosse empregada por alguma organização. 

Só teria duas formas de poder abrir uma empresa como residente temporária: 1) ter um sócio canadense, neste caso eu teria que ter 50% ou menos do negócio; 2) abrir uma filial da minha empresa do Brasil.

Ela ficou de me enviar um e-mail com todos os detalhes da legislação e me aconselhou a contratar um advogado, caso quisesse abrir a filial canadense da Unlock Training.

Saí de lá um pouco chateada, mas, ao mesmo tempo, contente por ter desvendado como funciona esse processo de abertura de um pequeno negócio aqui no Canadá.

Depois de ler o e-mail que a menina me encaminhou, percebi que, em qualquer das hipóteses, levaria uns 4 meses para a empresa estar constituída. E o processo de abertura de uma pequena empresa sairia meio caro, também.

Co-Active Coaching

Nos dias seguintes, eu recebi o convite para participar da reunião de outubro do Co-Active Coahing e fiquei super contente.

Respondi aceitando ao convite e comentei, novamente, que tinha interesse em participar, como voluntária, de algum projeto de coaching.

A Caithlin demorou um tempo para responder e, quando o fez,  se desculpou dizendo que, como eu não era certificada pelo International Coaching Federation – ICF, eu não poderia participar das reuniões do grupo. Ou seja, fui demitida do grupo do Co-Active Coaching.

Me disse que aqui em Ontário, o coaching é tratado com muita seriedade e que somente pessoas certificadas pelo ICF podem ser contratadas. 
Coaching ainda não é uma profissão regulamentada no mundo, mas o governo de Ontário já o reconhece como tal. Desde que seja certificado pelo ICF.

Mas, como a moça é muito polida – lembram que eu falei que os cadanenses não descansam enquanto não conseguirem nos ajuadar, a Caithlin me encaminhou para outras duas coaches que coordenam um projeto chamado “Women Together”.

Women Together

As duas coordenadoras desse projeto marcaram um encontro comigo para o dia 31 de outubro, ao meio-dia.

Nos encontramos no Edgar and Joe’s, uma cafeteria localizada no Good Will – uma espécie de brechó.

Conversamos enquanto fazíamos um lanche, eu tinha levado meu currículo vitae, cópias dos meus certificados de coaching profissional e coaching executivo, a revista Destaque onde eu estava na capa, meu visto de trabalho e outras coisas que considerei importante.

Elas gostaram de tudo que eu falei e, no final, disseram que, como eu não era certificada pelo ICF não poderia trabalhar com elas. 

Além disso, uma delas me disse que eu só poderia trabalhar como coaching em empresas se fosse formada em psicologia, ou serviço social. Disse ela que eram as leis de Ontário.

Bem, foi mais um soco no meu estômago...

Entretanto, elas sugeriram que eu procurasse um local chamado “Innovation Works”, no centro da cidade. Ficaram de encaminhar meu currículo para uma das pessoas que trabalham lá no Innovation Works.

Fui para casa bem triste com todas essas situações negativas que eu estava enfrentando.

O Iuri chegou em casa, mais tarde, feliz com os resultados que tinha obtido naquele dia na universidade e eu estava bem abalada com toda a situação que eu estava enfrentando para me colocar nesse mercado de trabalho canadense. 

Nem como voluntária eu estava conseguindo trabalhar... 

Mas como eu sou coach de carreira, persistente e motivada, continuei acreditando que conseguiria um lugar ao sol (ou na neve - risos). 
Há alguns meses eu escrevi um artigo sobre o princípio de Pollyana e é assim que eu vejo o mundo. https://www.hitradar.com.br/carreira/o-principio-de-pollyanna/
Innovation Works

No dia seguinte eu entrei no site do Innovation Works e dei uma olhada nos perfis dos diretores. Escolhi a Megan O’Neil porque gostei do seu perfil despojado e vi que ela adorava calçados. 

Como eu nasci e vivi em regiões calçadistas no Rio Grande do Sul, pensei que teria um assunto que fosse atrair sua atenção.

E mandei um e-mail para ela. A Megan me respondeu quase que imediatamente, super empolgada e me convidou para participar de um chat com os empreendedores sociais na sexta-feira e, logo após, me reunir com ela.

E assim, no dia 03 de novembro, começou minha interação com a Pillar Non Profit Enterprise - onde a Megan é uma das diretoras. A Pillar está instalada nesse espaço de co-working, chamado Innovation Works.




A Megan disse que eu não precisava de certificação do ICF para ser voluntária e me convidou para trabalhar como coach com alguns de seus associados.

Vale a pena enxergar o mundo cor-de-rosa. A persistência é uma característica importante dos vencedores.

Não percam os próximos capítulos desta minha jornada profissional...

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