terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Natal Branco

No dia 24 de dezembro, eu levantei e o Iuri já estava trabalhando desde às 5 horas da manhã. Preparei a mesa para o café da manhã e ele me disse que estava indo muito bem com a escrita do seu artigo.

Nós tínhamos comprado um peito de peru congelado – em formato de presunto, bem parecido com o Tender que encontramos no Brasil.

Esse peito de peru precisaria de 4 horas de forno a 325º F, ou 165º C . As primeiras horas são para descongelar a peça e o restante, para assá-lo, efetivamente.

Aqui no Canadá eles costumam cobrir a carne com um tipo de molho – gravy -  feito com os resíduos da própria carne, enquanto assa. Como nosso peru era um apresuntado, compramos um preparo para o gravy, em pó.



Como nós tínhamos convidados para nossa ceia de Natal e iríamos, todos juntos, à missa das 19 horas, combinamos de jantarmos às 17 horas.

Para brasileiros isso parece totalmente inapropriado, mas, aqui no Canadá, quando é inverno e com neve intensa, anoitece pelas 16 horas.

Então colocamos a carne bem cedo para assar e vejam que bonita que ela ia ficando ao longo do tempo.



Colocamos o termômetro de carne e estava no ponto.

Pelas 16h30min, Mary-Anne e Zenon chegaram e nós estávamos concluindo os preparativos. A mesa já estava posta, o Iuri estava enfeitando o prato do peito de peru, com pêssegos, cereja e alface e eu estava preparando uma salada de folhas verdes, tomatinhos e aspargos. O Iuri também fez uma deliciosa farofa brasileira.




Ganhamos uma garrafa de vinho e uns pares de meias de lã, próprias para esquiar na neve.


Quero chamar-lhes a atenção para nosso presépio, feito de papel. Como eu já disse, aqui é difícil de encontrar presépios, então, imprimimos esse aí (feito para crianças) e montamos o nosso.

Afinal, não podíamos deixar de homenagear o aniversariante da data, não é mesmo?

Terminamos de jantar e fomos para a igreja de St. Peters. A neve estava caindo e as ruas cobertas por essa linda camada branca. Perigosa para os motoristas...

Chegamos à igreja às 18h30min e conseguimos um ótimo lugar no estacionamento. Assim, não foi preciso caminhar muito na neve.


A missa foi linda, como sempre. A mensagem do padre (vigário da St. Peters), Jim Mockler foi tocante e simples:

Ele falou que muita gente fica triste no Natal, pensa nas coisas que não conquistou e nas suas perdas importantes.

O padre Jim nos chamou a atenção para a realidade de que nunca estamos sozinhos se acreditarmos que Jesus está conosco e que sempre há alguém pronto a nos acolher em momentos difíceis.

E é verdade. Eu pensei nos nossos amigos ali do lado: Mary-Anne e Zenon, que são nossa família no Canadá, há 10 anos. Ainda temos os queridos amigos Eddy e Zulma, Micha e Nancy que não estavam conosco no Natal, mas nos acolheram em muitos outros momentos em 2007 e agora.

Pensei nas oportunidades que tivemos de falar com nossa família no Brasil e na Austrália e ver suas fotos no Natal e agradeci por essas bênçãos.


Jantar de Natal da Lara - irmã do Iuri, na Austrália

Jantar de Natal dos meus pais e meu irmão Eraldo (o fotógrafo da vez), no Brasil

Jantar de Natal do meu filho Douglas, nora Flávia e meus sobrinhos William e Frã, no Brasil


Nem todos mandaram fotos, mas conversamos com todos antes da ceia de Natal.

Dia 25 de dezembro

Depois do almoço - com as tradicionais sobras da janta - o Iuri e eu fomos caminhar no Coves Path - aquele caminho ecológico perto da nossa casa. Eu gosto de ver e fotografar as mesmas paisagens em momentos diferentes. E estava maravilhoso!!!

Fizemos um pequeno vídeo para registrar o momento:
















A foto abaixo representa um anjo que eu fiz, deitando na neve. O Iuri pretendia filmar essa cena, mas clicou no botão errado e não filmou coisa alguma - ou melhor:

Ele pensou que tinha clicado no botão de filmar, só que não. Quando eu levantei, ele foi desligar a gravação e, só aí ele começou a filmar... Muito engraçado.


Pelo menos eu tenho fotos da imagem do anjo na neve e das minhas costas cheias de neve para provar que eu fiz isso - hehehehe!




Lá pelas 16h30min de 25 de dezembro, dia de Natal, Zenon veio nos apanhar para jantarmos na casa deles.

A Mary-Anne estava assando um peru e o saboreamos acompanhado de legumes no vapor e pierogies. Pierogies é um prato típico da Uncrânia, que consiste de uma massa recheada com batatas cozidas. Os pierogies são cozidos em água – lembram um pouco aquele prato italiano: "tortéi".


A Mary-Anne disse que comprou os pierogies prontos para cozinhar e estavam uma delícia!

Eu lembrei do nosso amigo André Osinski, lá de São Leopoldo, que faz uns pierogies maravilhosos. Saudades, André e Regina Osisnski!

A noite de Natal também foi maravilhosa, regada a muita conversa, risadas e amizade.

Energias renovadas para a última semana do ano de 2017.






Um comentário:

Poetisa Rebeka Alves disse...

Que delícia de diário eletrônico online, com imagens e vídeos, belíssimo o seu anjo na neve...